quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Momentos especialmente lúcidos

Vez ou outra, somos agraciados com a dádiva de sentir, simplesmente amor. O mais sublime, o que não tem forma, nem tampoco objeto.

Quando há suficiente concentração e esforço. Não, também, do dia para a noite. Precisa-se primeiro plantar sementes, muitas sementes, sementes fortes. E, todos os dias, arrancar ervas daninhas. Adiciona-se a isso uma boa dose de programação interior, pré-disposição, reeducação das emoções, limpeza do corpo, da mente, da consciência, da essência. Bons e longos anos semeando e lapidando relações com as pessoas ao seu redor.
E então, neste encantados dias, a inspiração flui como sangue por suas veias. As palavras surgem e você não consegue saber ao certo de onde vieram. Mas são perfeitas, para aquela ocasião. Os dias são muito mais coloridos, cheios de sons, de sabores. O tempo torna-se seu amigo, pois você nota que ele faz parte da natureza, assim como nós, humanos, e todas as respostas de nosso organismo. Na verdade, o tempo está e não está na natureza, ele simplesmente é. Nós inventamos de medí-lo e dividí-lo porque assim quisemos.
As conversas, nestes momentos, são mais intensas. Quase não se precisa de palavras, bastam olhares, basta a presença. A mensagem transcende a linguagem falada. E escrita.
E sente-se, sobretudo, o amor. Em alguns lúcidos momentos, transbordando pelos poros, surgindo, e crescendo, de dentro para fora. Pela natureza, pela existência. Pelas pessoas queridas, pelo ofício exercido. Mas, acima de tudo, por todas estas coisas juntas, em que não há palavras que possam descrever...

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