O coração pode estar inundado por sentimentos, gerados pelos mil aprendizados culturais que tivemos desde então, ou pela inércia anterior de nossas vidas. A visão ofuscada por seus humores. O emocional busca inevitavelmente agarrar-se ao que já foi um dia, numa tentativa desesperada de manter alguma paz. Em vão.
Usando-se do mental para desenhar estratégias mirabolantes que simplesmente não cabem ali. Como dar murros em pontas de faca. Esgotando o ser, estressando as possibilidades.
Mas quando a tempestade passa, em uma noite de chuva, pousa o olhar sobre a natureza, e descansa. E eis que ali, do conflito, nasce uma pérola bruta e linda.
A serenidade que só vem de dentro. Que brilha com capacidade para iluminar uma cidade inteira. Que rejuvenesce a alma, torna belas as marcas de expressão do rosto. E neste mágico segundo, encontra-se a verdade pura e absoluta que não cabe em palavras.
A eterna segurança da existência, e do amor. E então, e somente então, a decisão brota de dentro, sabe-se exatamente o que fazer, independente dos resultados. A mudança surge e metaboliza uma revolução interior, que finalmente se entende em sua única possibilidade: inevitável!
E somente agora, a vida é vivida em sua plena natureza, de causa e efeito. As decisões são tomadas da melhor forma, com a maior lucidez. Nutrindo a alma, e respeitando o ser...
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