quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Liderança e Autoridade

Todos nós somos educadores. O tempo todo, ainda que não percebamos. Educamos as pessoas que desenvolvemos profissionalmente , os filhos, os familiares, os colegas de trabalho.



Faz parte deste trabalho, não somente ensinar técnicas e processos, mas principalmente, e mais importante que todo o resto, ensinar ATITUDES.


Atitudes não em termos de ações, mas antes disso, na forma de ver a vida, na forma de lidar com os problemas, de considerar as pessoas.

E a melhor forma de ensinar atitudes é o exemplo. Se você quer que o outro seja amável, seja você muito mais amável, nas mais adversas situações. Se deseja embutir disciplina, seja você constantemente disciplinado. Se quer pessoas com garra, tenha você a melhor do mundo, mostre a todos os seus sonhos e as suas ações para concretizá-los. Se deseja respeito, respeite a todos ainda mais.

Assim, seja você o forte, o norte, o farol do navegante. Sempre agindo de forma que os demais queiram seguir suas atitudes, sejam embriagados pela sua perseverança, e naturalmente, o sigam. Esta é a principal diferença entre liderança e autoridade. O motor por trás de isso tudo é um amor profundo, e verdadeiro, pela existência.


Esforçando-se sempre para ensinar atitudes, você tocará realmente uma pessoa. E esta transformação, ainda que seja mais lenta, perdurará por toda a vida, transformando toda uma gama complexa de comportamentos e desencadeando mais alterações. Ao passo que, um ensinamento técnico ou específico, dura somente quanto durar um problema...
E aqui fica uma pequena homenagem à Nina de Holanda, que é para mim e para muitos um farol, um norte, com seu jeito sempre doce de ser.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Exortação

Sempre bom reler o texto Exortação, escrito pelo Mestre DeRose (Tratado de Yôga). Em um momento especial do dia:

A todos os que praticam ou estudam Yôga, sinceros e com a alma pura, convocamos para participar do nosso trabalho de União.
A todos quantos estão mais preocupados em construir do que em criticar, conclamamos para que se unam e possam espargir nossa mensagem de integração.
A todos aqueles que não estão interessados em evidenciar o que existe de errado no Ser Humano, mas sim em cultivar o que existe de certo e bom, chamamos para que nos dêem as mãos e possamos todos juntos perpetuar as tradições ancestrais que nos foram transmitidas pelos antigos.
A todos os que não querem perder tempo discutindo, mas, ao invés, anseiam aplicar esse tempo em encontrar o verdadeiro Yôga que existe em cada coisa ou pessoa; a todos esses que querem a melhoria do Homem e sua confraternização cheia de afeto; a todos quantos aspiram por uma comunidade yôgi onde a hostilidade e a competição ficaram fora; a todos esses nós abrimos nossos corações, estendemos nossos braços e lhes osculamos como a verdadeiros irmãos.

Não-possessividade

Aparigraha, quinta norma ética do Yôga, significa não-possessividade. No livro Tratado de Yôga, do Mestre DeRose, há uma descrição sobre esta e as demais normas.

A não possessividade aplica-se aos bens materiais, por um lado. Indicando que um yôgin não deve ser apegado a seus bens materiais, ou muito menos, aos dos outros. Isso não quer dizer que o indivíduo deva desfazer-se de seus bens. Isto inclusive, pode não significar desapego, mas sim apego ao ato de desapegar-se.

Não possessividade em relação aos bens materiais significa que os bens, como o dinheiro, vêm e vão, pois são uma forma de energia. E, assim sendo, deve-se ter sempre esta consciência, não deixando que as posses controlem a sua vida, mas sim o contrário.

Importante lembrar que, mesmo aqueles que dedicam suas vidas a uma causa nobre, devem buscar uma vida digna financeiramente. Esta norma, como indica o referido livro, não é desculpa para que sejamos relapsos com os bens que nos foram confiados para guarda.

No âmbito dos relacionamentos, há toda uma outra complexa aplicação do aparigraha. Muitos pensam que amar e cuidar implica em ter ciúmes e possessividade em relação ao outro. Na verdade, isso pode até ser engraçadinho por um período, mas no longo prazo vêem as dificuldades.

Demonstrações de ciúmes prejudicam a comunicação, podem gerar segredos entre o casal, que afasta-se quanto mais a possessividade é reinante. E assim cria-se um abismo cada vez maior, que pode resultar de diversas maneiras.

Em contrapartida, se há comunicação, e as duas partes entendem toda a humanidade do parceiro com maturidade, utilizando uma visão de maior alcance, a intimidade segue por caminhos mais sólidos. Amar proporcionando liberdade ao parceiro, para viver plenamente a sua jornada, e compartilhando os momentos (ainda que isto signifique perder o ilusório controle sobre ele), é o maior presente que se pode dar.

Em um sentido mais amplo, há de se entender, e este é um desafio de todos nós, os ciclos da vida. É preciso observar as frutas nas árvores, que nascem, vivem, amadurecem, caem e morrem. Simples assim. Com os seres humanos, acontece o mesmo.

Vivendo cada dia com esta consciência de vida e de morte, experienciam-se momentos mais intensos, verdadeiramente valiosos, e quando se atinge a certeza de que a vida não é vivida em vão, o medo da morte, de si mesmo e dos queridos, começa a transformar-se. E assim inicia-se um caminho que não é curto nem tão simples quanto estas palavras.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Mudando o Mundo

Leia texto publicado hoje no Blog do DeRose, chamado Estamos mudando o mundo:
Você já tomou consciência de que estamos mudando o mundo à nossa volta? Cada instrutor semeia a Nossa Cultura nos corações de centenas de alunos. São milhares de instrutores! Cada escritor nosso faz germinar nossa filosofia em milhares de leitores. São dezenas de autores! Cada aluno e cada leitor, ao adotar nosso life style, influencia de forma saudável familiares, colegas de trabalho ou de faculdade, cônjuge, amigos e desamigos. Isso, em vários países. Agora faça as contas. Calcule o número de instrutores, alunos e leitores do Nosso Método e tome consciência do poder de melhorar o mundo que você tem em suas mãos. Desfrute a satisfação de usufruir esse poder de ajudar as pessoas. Fale, escreva, esclareça, divulgue, mostre pelo seu bom exemplo o quanto a nossa proposta é boa, é séria e é agradável de incorporar no dia-a-dia, na vida real.
Passe por lá para acessar mais muitos e muitos textos bacanas: www.MetodoDeRose.org

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Transformação

Transborde SwáSthya por todos os seus póros;
Transmita SwáSthya em todos os seus gestos;
Comunique SwáSthya através do seu olhar;
Vivencie SwáSthya, a todo momento.
Em todos os momentos...

E a vida ganhará outras cores, outras sensações. Outros aromas, outros sabores... E você tocará a vida de todos os que o cercam...

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Viver o dia de hoje

Ontem estive em uma aula para instrutores com o Mestre DeRose, ótima, como sempre são suas aulas. Dentre muitos assuntos, surgiu um que me chamou especial atenção. É impressionante como sempre nos atentamos àqueles temas que são relevantes ou necessitamos naquele exato momento.

O tema era um que já pensamos algumas vezes na vida. Ou muitas. Em alguns momentos com mais lucidez. Mas ontem foi especial.

O tema é basicamente que, vivemos nossos dias e nos planejamos para amanhã. Mas, é fato que, pode ser que amanhã simplesmente não exista. Será que pensamos nessa possibilidade com sua real dimensão?

Se temos a sensação de que somos formiguinhas no meio de um vasto Universo, e impotentes perante este poder, estamos nos aproximando desta reflexão com nosso coração, e com nosso ventre. E assim sentimos aquela vibração terrena subindo pela barriga, traduzindo a própria existência.

Pois é, e o quê fazemos com isso? Depende exatamente de cada um. Mas basicamente, aproveite cada momento e viva a sua vida bem. Plenamente. Feliz. Entendendo a simplicidade das coisas, esta é uma grande conquista.

Quando se tem a perspectiva de formiguinha no Universo, os "problemas" do cotidiano tornam-se coisas tolas, bobas, impermanentes. Porque de fato o são.

Da mesma forma funciona com os relacionamentos. Quando temos esta noção de impermanência, desfrutamos mais de cada momento com quem amamos. E as mazelas e mesquinharias do ego passam desapercebidas, afinal, o que são elas perto da grandeza que é a existência? E da beleza do amor?

E assim, no final do dia, ao menos neste dia, façamos uma reflexão sobre a nossa vida, como se revendo-a, como se estivesse passando diante de nossos olhos. Pensando nas pessoas amadas, na rotina diária, nas realizações.

E então percebamos se algo precisa ser mudado, para vivermos somente dias totalmente plenos. Com momentos compartilhados da melhor forma com quem amamos.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Último Final de Semana na Unidade Moema

Na última sexta-feira, dia 4/09, tivemos uma aula em dupla na Unidade Moema. Saímos todos super animados para tomar um suco no Empório Moema, que acabou virando um açaí e algumas outras comidinhas, afinal: ninguém é de ferro!
No sábado, 5/09 fizemos uma ótima maratona: 8h30 treinamento de ásanas, 10h aula de Pré-Yôga e 11h aula de SwáSthya Yôga! E depois de tudo isso, só mesmo um bom papo!!!
Prepare-se ainda para os próximos eventos da Unidade:
12/09, 10h: curso Mudrá, a Linguagem dos Gestos, com a amada Professora Nina de Holanda. IMPERDÍVEL!

Chuva

E mais uma vez a chuva.

Surpreendente,
Trazendo toda a atenção para si,
E um enorme poder de mudar rotinas e planejamentos.

Fazer com que fiquemos mais em casa,
Deixemos nossos compromissos para mais tarde.



Ouvimos melhor os sons do silêncio
Das gotas de chuva
E os sons de nós mesmos.

A chuva convida à introspecção,
Ao olhar de dentro, à concentração.
À observação dos próprios sentimentos,
E de como lidamos com eles.

Em última instância,
Convida ao silêncio, e às sensações.
E a práticas maravilhosas de SwáSthya!

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Blog Recomendado

Acesse o Blog administrado pelo Daniel Tonet, Diretor da Unidade Bueno de Goiânia, e veja vídeos sobre coreografias, eventos, alimentação, mantras, vivências, práticas, etc, do Método DeRose.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Transcrição da Entrevista

Seguem trechos da ótima entrevista com DeRose feita em Portugal:
A sua cultura promove um indivíduo mais lúcido, mais consciente, mais interventivo na sociedade. É isso?
A proposta é esta. A proposta é que através de um conjunto de técnicas e um conjunto de conceitos nós possamos levar uma pessoa comum a um estado de consciência expandida. Agora se isso vai ser obtido ou não, vai depender de uma quantidade de fatores. Entre eles, a própria genética do indivíduo. E, da parte controlável, a dedicação, o investimento de tempo na prática dessa filosofia. E também o ambiente onde a pessoa vive. Porque vai depender muito da bagagem cultural que ela traz, da profissão que ela exerce, da idade com a qual ela começou. Então é uma constelação de fatores.

É possível esculpir um indivíduo diferente, mais interventivo na sociedade?
Cada indivíduo é uma realidade diferente. Então, as próprias técnicas, por exemplo, de oxigenação cerebral, vão reagir diferentemente de um indivíduo para o outro.
Mas o senhor tem uma intenção, tem um destino que quer cumprir no esculpir desse indivíduo?
Sim. A meta que nós queremos alcançar é conceder a essa pessoa um estado de hiperconsciência, um estado de megalucidez. Que, na verdade, é a direção na qual a humanidade esta caminhando.
Quando as sociedades dos nossos dias não têm um perfil nem de indivíduo nem de sociedade em si, a sua cultura pode ser a proposta que falta.
Esse indivíduo, obviamente diferente, mais lúcido, mais consciente, que impacto real é que ele tem na sociedade? Em que ele pode fazer a diferença?

Quando a pessoa tem mais lucidez, a primeira coisa que ocorre é que ela vai exercer melhor o seu trabalho, a sua posição na família, o seu engajamento em qualquer ideal, seja ele político, humanitário, filantrópico, artístico, seja lá qual for. E, além do mais, ele se sente integrado. Porque quando o indivíduo ainda não tem uma consciência plena, ele acha que o mundo se divide entre eu e os outros. No momento em que a consciência se expande, ele percebe que não existe essa coisa de eu e os outros. Somos todos uma só coisa, estamos todos interligados, não apenas dentro da espécie humana, mas entre todas as espécies e com o próprio planeta, com o próprio cosmos. E esse estado de consciência expandida é alcançável. Mas, normalmente, quando a pessoa menciona a sua pretensão, a sua intenção de conseguir tal estado de consciência, uma outra pessoa que não imagine o que é isso, que não tenha lido a respeito, que não tenha estudado, que não tenha se esclarecido, pode supor um ideal inalcançável, pode supor uma fantasia. Acontece que muita gente já logrou esse estado de consciência. Então é realidade.

Esse estado de hiperconsciência, de lucidez, traduz-se em quê no dia-a-dia?
No dia-a-dia, traduz-se em uma participação objetiva, que nós chamamos de ação efetiva. Porque muita gente tem iniciativas, mas poucas têm acabativas. Então, uma das coisas que uma consciência maior, que uma lucidez maior, nos concede, é perceber que não adianta apenas o discurso, não basta a intenção, é preciso levar a cabo. É necessário ter a iniciativa, a acabativa, o resultado final, para a vida deste indivíduo, para a sua família, para os seus amigos, para os seus desamigos, para toda a sociedade, para a responsabilidade social, para responsabilidade ambiental, ou seja, ele vai expandido o seu campo de atuação, ele deixa de ser um indigente, ele deixa de ser um indivíduo que não é ouvido, que não tem voz, nem voto. Ele passa a ser uma pessoa que atua e que modifica o mundo em que vive. E como essa pessoa, em geral, é uma pessoa que tem nobres ideais, ao modificar o mundo em que vive, modifica-o para melhor.

Como é que a sua cultura faz isso sobre o indivíduo? Que instrumentos, que ferramentas é que dispõe para fazer isso?

A Nossa Cultura. Eu chamo de “Nossa Cultura” com N maiúsculo e C maiúsculo, porque é um conjunto de conceitos, é uma filosofia, é um sistema de vida. Essa Nossa Filosofia, essa Nossa Cultura, propõe isso através de uma reeducação comportamental progressiva e espontânea. Não somos a favor de doutrinação, portanto, doutrinação está excluído. Não somos também a favor de repressão. Sem doutrinação e sem repressão, o melhor caminho é o exemplo. É a convivência. É o que nós chamamos de egrégora. É conviver com o poder gregário, de um grupo que já está dedicado a esses ideais. E, a partir daí, os conceitos são incorporados com muito mais facilidade. E as técnicas, isso aí já é uma questão de dedicação individual, de praticar, de executar tais técnicas.
Pode-se comparar esse tipo de intervenção como quem afina uma orquestra? Vamos reunir os violinos, as flautas, e pô-los todos a prestarem um comportamento numa mesma direção?
Certamente que é. Nós vamos criar uma sincronia entre todos os elementos que nos constituem um ser humano. Não apenas corpo e mente, mas corpo, energia (bioenergia), emocional, a mente, o intuicional. Enfim todos os elementos que vão funcionar, como você muito bem exemplificou, como uma orquestra. E depois, nós vamos extrapolar para além do indivíduo, que é o ideal. Não ficar dentro do seu pequeno mundinho, do seu universo pessoal. Então, extrapolando, essa orquestra passa a ser também a orquestra da família, a orquestra do trabalho que ele executa, a orquestra da sua arte, de todos os elementos, pessoas, indivíduos, circunstâncias, daquele ambiente. E quando você vai ampliando seu campo de atuação, você chega a considerar que o mundo é muito pequeno, porque você alcança as pessoas, através de veículos diversos. Outrora, era através da escrita, era através de livros, antes deles, os pergaminhos. E hoje, nós conseguimos atingir as pessoas por veículos eletrônicos, nós conseguimos estar num momento escrevendo no nosso computador e ao mesmo tempo sendo lidos, sendo acessados, por pessoas em todo planeta e brevemente até fora dele.

Veja a íntegra em:

http://www.uni-yoga.org/blogdoderose/uni-yoga_arquivo_derose/entrevista-do-derose-realizada-com-o-jornalista-antonio-mateus/