terça-feira, 30 de junho de 2009

As manhãs da minha infância: do livro Eu Me Lembro, do Mestre DeRose

Lembro-me de uma linda manhã de sol, em que os campos floridos ondulavam com a brisa fresca. Eu devia ter uns quatro anos de idade e minha mãe me ensinava como caminhar na trilha de terra evitando pisar sobre as folhas secas para não ferir alguma serpente que estivesse dormindo e não percebesse nossa aproximação, dizia ela. Segundo minha mãe, a serpente não era má e não me morderia por mal e sim por medo de mim, que era um animal muito maior do que ela.
Mamãe me ensinava também a perceber o ruído particular que cada animal, ave ou inseto fazia ao se deslocar ou ao espreitar. De fato, depois que passei a prestar atenção, podia perfeitamente separar o ruído do vento na vegetação, do chamado de um inseto quase imperceptível, e do leve bater de asas de uma ave de rapina voando baixo para caçar um roedor desavisado. Um dia ela me disse:
– Shhh! Ouça.

http://www.uni-yoga.org/blogdoderose/uni-yoga_arquivo_derose/as-manhas-da-minha-infancia-capitulo-do-nosso-livro-eu-me-lembro/

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