Esta retribuição não é muito difundida no ocidente (a tradicional oferenda da maçã para a professora seria um dos poucos exemplos), especialmente nos tempos atuais, em que as escolas apresentam problemas até de violência por parte dos alunos. Porém, na tradição oriental, contexto de nascimento do Yôga, é uma atividade muito comum e corriqueira.
"No oriente, homenagear os educadores é uma rotina, quer seja nas Escolas de Yôga, quer seja nas de música, dança, línguas, entre outras. A presença deles é imprescindível na trasmissão do conhecimento, especialmente em nossa área." Púja, Sérgio Santos, pag. 22.
Mais do que uma demonstração explícita, púja é sobretudo uma atitude de retribuição, por isso utilizamos mentalizações durante a prática: ao local que acolhe o desenvolvimento interior do praticante, ao instrutor que dedica-se a ensinar esta filosofia, ao Mestre do seu instrutor, que é seu Mestre também, e a Shiva, o criador mitológico do Yôga.
Realizando o púja, o praticante conecta-se com a linha de Mestres antecessores que transmitiram esta cultura até a atualidade. Esta identificação com os arquétipos potencializa fortemente a predisposição para assimilação dos ensinamentos. Assim, um praticante antigo sabe identificar os efeitos de uma prática em que fez um bom púja.
Finalmente, como em tudo no Yôga, e na vida, o púja deve ser feito com bháva: intensidade, e sentimento:
"Bháva condiz com a emoção de se ouvir uma determinada música ou assistir a um belo filme, contemplar um pôr-do-sol ou as estrelas no firmamento. Significa praticar Yôga sem expectativas de resultado, simplesmente pela arte em si, como a força de vida presente na Natureza, atuando na mecânica do Universo." Púja, Sérgio Cardoso, pág. 32.
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