VIII. TAPAS
A oitava norma ética do Yôga é tapas, auto-superação.
O yôgin deve observar constante esforço sobre si mesmo em todos os momentos.
Esse esforço de auto-superação consiste numa atenção constante no sentido de fazer-se melhor a cada dia e aplica-se a todas as circunstâncias.
Esse esforço de auto-superação consiste numa atenção constante no sentido de fazer-se melhor a cada dia e aplica-se a todas as circunstâncias.
O cultivo da humildade e o da polidez constituem demonstração de tapas.
Manter a disciplina da prática diária de Yôga é uma manifestação desta norma. Preservar-se de uma alimentação incompatível com o Yôga faz parte do tapas. Conter o impulso de expressar comentários maldosos sobre terceiros também é compreendido como correta interpretação desta observância. A seriedade de não mesclar com o Yôga sistemas, artes ou filosofias que o conhecimento do seu Mestre desaconselhar, é tapas.
A austeridade de manter fidelidade e lealdade ao seu Mestre constitui a mais nobre expressão de tapas.
A austeridade de manter fidelidade e lealdade ao seu Mestre constitui a mais nobre expressão de tapas.
Tapas é, ainda, a disciplina que respalda o cumprimento das demais normas éticas.
Preceito moderador:A observância de tapas não deve induzir ao fanatismo nem à repressão e, muito menos, a qualquer tipo de mortificação.
Tapas é essencial para o desenvolvimento do aluno, e do ser humano. Em diversos treinamentos, para além da cultura do Yôga, o verdadeiro trabalho e desenvolvimento do indivíduo acontecem quando este ultrapassou os limites, que ele antes pensava que possuía. Este tipo de treinamento é presente no karatê e outras artes marciais, por exemplo.
O que é trabalhado, com a ultrapassagem dos próprios limites, é a ampliação das capacidades e expectativas, levando ao desenvolvimento e aprimoramento, em todas as áreas da vida. Então, neste ponto, as emoções são controladas, um contentamento profundo emerge, mais fiel à essência.
Não somente em treinamentos físicos, mas principalmente é engrandecedor avaliar os limites que nós criamos em outras áreas da vida... Por exemplo, quanto sucesso profissional você se imagina atingindo? E pessoal? Em algumas ocasiões, limitamos nossas próprias possibilidades, influenciados principalmente pela nossa tradição familiar e pessoal.
Assim, vamos parar para pensar hoje: estamos visualizando objetivos pessoais que merecemos? Com uma boa dose de realidade, e ao mesmo tempo ultrapassando os limites que criamos?
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