Ásanas são procedimentos orgânicos firmes e agradáveis, uma das partes, ou angas, da prática do SwáSthya Yôga. Para que sejam realmente ásanas, devem ser executados levando-se em consideração: execução da posição, respiração coordenada e atitude interior.
No seu desenvolvimento de ásanas, a disciplina conta enormemente. Realização de treinamentos na Unidade em que pratica, ou em casa, com a orientação de um instrutor, trabalha, além do ásana propriamente dito, uma série de outras coisas.
Ultrapassa-se o campo físico, e treina-se o emocional, reeducando-o, ampliando os limites. Trabalha-se a esfera mental, utilizando mentalizações de um corpo mais saudável, mais estético, cada vez mais dinâmico e flexível. Carregado de bioenergia de disposição.
E assim, combinando treinamentos com cuidados com alimentação e práticas regulares, aprimora-se imensamente, para limites antes não imaginados.
Sobre limites, lembro-me agora de uma situação análoga. Uma vez, em viagem à Chapada Diamantina, vislumbrei o pico de uma grande montanha, na direção em que caminhávamos. Perguntei ao meu guia: até onde vamos? Ele me respondeu que ao topo, evidentemente. E eu achava que estava preparada...
Ao final de um dia inteiro de intensa caminhada sob o sol do Nordeste, finalmente chegamos. Então, eu olhei para baixo e disse: pensei que não conseguiria chegar até aqui... Com a prática dos ásanas, ocorre exatamente o mesmo. Quando um aluno adentra uma Unidade, não se imagina executando aquelas técnicas lindas, feitas por pessoas com corpos muito bem trabalhados. Mas, ao final de alguns meses, ou de um ano, lá está ele, da mesmíssima forma!
Nós, instrutores e praticantes mais antigos, lembramos com nostalgia desta sensação muito gratificante e visível que é a transformação do corpo. Por outro lado, vislumbramos picos de montanhas muito mais altas, mais difíceis de atingir. Montanhas acima de tudo, ainda mais atraentes!!!