sexta-feira, 31 de julho de 2009

Ásanas e sua transformação


Ásanas são procedimentos orgânicos firmes e agradáveis, uma das partes, ou angas, da prática do SwáSthya Yôga. Para que sejam realmente ásanas, devem ser executados levando-se em consideração: execução da posição, respiração coordenada e atitude interior.

No seu desenvolvimento de ásanas, a disciplina conta enormemente. Realização de treinamentos na Unidade em que pratica, ou em casa, com a orientação de um instrutor, trabalha, além do ásana propriamente dito, uma série de outras coisas.


Ultrapassa-se o campo físico, e treina-se o emocional, reeducando-o, ampliando os limites. Trabalha-se a esfera mental, utilizando mentalizações de um corpo mais saudável, mais estético, cada vez mais dinâmico e flexível. Carregado de bioenergia de disposição.

E assim, combinando treinamentos com cuidados com alimentação e práticas regulares, aprimora-se imensamente, para limites antes não imaginados.

Sobre limites, lembro-me agora de uma situação análoga. Uma vez, em viagem à Chapada Diamantina, vislumbrei o pico de uma grande montanha, na direção em que caminhávamos. Perguntei ao meu guia: até onde vamos? Ele me respondeu que ao topo, evidentemente. E eu achava que estava preparada...

Ao final de um dia inteiro de intensa caminhada sob o sol do Nordeste, finalmente chegamos. Então, eu olhei para baixo e disse: pensei que não conseguiria chegar até aqui... Com a prática dos ásanas, ocorre exatamente o mesmo. Quando um aluno adentra uma Unidade, não se imagina executando aquelas técnicas lindas, feitas por pessoas com corpos muito bem trabalhados. Mas, ao final de alguns meses, ou de um ano, lá está ele, da mesmíssima forma!

Nós, instrutores e praticantes mais antigos, lembramos com nostalgia desta sensação muito gratificante e visível que é a transformação do corpo. Por outro lado, vislumbramos picos de montanhas muito mais altas, mais difíceis de atingir. Montanhas acima de tudo, ainda mais atraentes!!!

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Programe-se: cursos da Professora Nina De Holanda

Preparem-se para o segundo segundo de cursos com a nossa querida Professora Nina De Holanda:

15/08, sábado, 10h: Alimentação Biológica
Macguiver da cozinha, é o apelido com que carinhosamente chamamos a Nina, após uma de suas milagrosas performances culinárias, quando pensávamos que tudo estava perdido... Afinal, havia somente um tomate, tomilho, farinha e algumas azeitonas... Venha aprender conceitos sobre alimentação, e aprender algumas de suas melhores receitas!Traga seus amigos!
12/09, sábado, 10h: Mudrá: a linguagem dos gestos
Compreenda mais sobre a linguagem dos mudrás, gestos reflexológicos, simbólicos e magnéticos feitos com as mãos, com a Nina, que após 20 anos lecionando Método DeRose, faz inclusive coreografias a partir de mudrás!

17/10, sábado, 10h: Práticas Ortodoxas e Heterodoxas do Método DeRose: como prepará-las?
Neste curso para instrutores e alunos em formação, você receberá valiosíssimas dicas da Nina para aprimorar cada vez mais as suas práticas.

Brindemos à Chuva

Olhe para o lado de fora da sua janela e perceba. De preferência, coloque a cabeça para fora e sinta. Sinta o cheiro da chuva, receba a brisa fria que acaricia a sua face. Atente-se à reação da penugem que cobre sua pele ao vento.
Sinta o aroma da água, a sua refrescância revigorante, e os efeitos da umidade sobre os seus cabelos.

Ouça o barulho irresistível das gotas caindo no chão, lavando nossas almas, alimentando a terra, matando a sede das plantas.

Brindemos a este delicioso dia cinza. Que nos previne das secas, que energiza as essências. Que nos faz voltarmos a nós mesmos, querermos ficar sob o abrigo de um teto, ou de um cobertor, ao lado de alguém que amamos! Experimentemos mais este dia, como dádiva, por viver nesta natureza deliciosamente caótica, e perfeita!

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Tapas: auto-superação

Extraído do texto códiga de ética do yôgin, do livro Tratado de Yôga, do Mestre DeRose:

VIII. TAPAS
A oitava norma ética do Yôga é tapas, auto-superação.

O yôgin deve observar constante esforço sobre si mesmo em todos os momentos.
Esse esforço de auto-superação consiste numa atenção constante no sentido de fazer-se melhor a cada dia e aplica-se a todas as circunstâncias.

O cultivo da humildade e o da polidez constituem demonstração de tapas.
Manter a disciplina da prática diária de Yôga é uma manifestação desta norma. Preservar-se de uma alimentação incompatível com o Yôga faz parte do tapas. Conter o impulso de expressar comentários maldosos sobre terceiros também é compreendido como correta interpretação desta observância. A seriedade de não mesclar com o Yôga sistemas, artes ou filosofias que o conhecimento do seu Mestre desaconselhar, é tapas.
A austeridade de manter fidelidade e lealdade ao seu Mestre constitui a mais nobre expressão de tapas.

Tapas é, ainda, a disciplina que respalda o cumprimento das demais normas éticas.
Preceito moderador:A observância de tapas não deve induzir ao fanatismo nem à repressão e, muito menos, a qualquer tipo de mortificação.

Tapas é essencial para o desenvolvimento do aluno, e do ser humano. Em diversos treinamentos, para além da cultura do Yôga, o verdadeiro trabalho e desenvolvimento do indivíduo acontecem quando este ultrapassou os limites, que ele antes pensava que possuía. Este tipo de treinamento é presente no karatê e outras artes marciais, por exemplo.

O que é trabalhado, com a ultrapassagem dos próprios limites, é a ampliação das capacidades e expectativas, levando ao desenvolvimento e aprimoramento, em todas as áreas da vida. Então, neste ponto, as emoções são controladas, um contentamento profundo emerge, mais fiel à essência.

Não somente em treinamentos físicos, mas principalmente é engrandecedor avaliar os limites que nós criamos em outras áreas da vida... Por exemplo, quanto sucesso profissional você se imagina atingindo? E pessoal? Em algumas ocasiões, limitamos nossas próprias possibilidades, influenciados principalmente pela nossa tradição familiar e pessoal.

Assim, vamos parar para pensar hoje: estamos visualizando objetivos pessoais que merecemos? Com uma boa dose de realidade, e ao mesmo tempo ultrapassando os limites que criamos?

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Receita de doce caseiro simples e rápido

Muitas vezes compramos bananas ou maçãs, que por não consumirmos na data correta, estragam.

Em 10 minutos, é possível fazer um delicioso doce de maçã e banana com canela. Ingredientes: bananas fatiadas, maçãs cortadas em cubos médios, açúcar e canela em pó.

Preparação: adicione o açúcar (a gosto) na panela com um pouquinho de água e canela. Assim que obtiver uma consistência de calda, adicione as maçãs. Quando elas tiverem perdido bastante água e começado a cozinhar, adicione as bananas. Uma vez que estas estiverem a ponto de perder a forma, dissolvendo-se, apague o fogo. Como opção, adicione também algumas uvas passas.

Sirva o doce sozinho, com sorvete, ou utilize como recheio de tortas.

Bom apetite!

terça-feira, 21 de julho de 2009

O líder e o seu sonho

Temos que ter sempre os pés no chão, e uma crescente dose de realidade permeando nossa rotina, e decisões. Porém, igualmente importante é, na vida, termos um norte que nos oriente, uma realização que buscamos intensamente, uma inquietação que por vezes atrapalha nosso sono à noite.

É essencial e vital que exista, no âmago de cada um de nós, um desejo. um desejo visceral, que nos faça perseguí-lo do momento em abrimos os olhos pela manhã, até o que descansamos à noite.

Quando pensamos em uma equipe, que o líder tenha um sonho, é ainda mais importante. O sonho do líder é como o farol dos navegadores, em dia de tempestade. O anseio do líder é a inquietação que todos devem compartilhar. Que na equipe instaure um incômodo saudável, que os faça seguir, a cada dia, a passos firmes. Trilhando um caminho, buscando uma meta comum.

O sonho do líder deve ser, sobretudo, apaixonado, para que toque o coração dos que o rodeiam. Para que inspire suas ações. Para que aninhe naturalmente os que estão em torno, atraídos pela sua liderança, irresistivelmente vivendo suas paixões.

E assim a construção é possível. O horizonte é visível, consegue-se tratar e seguir uma estratégia.

Isto não significa, porém, que devamos ser obstinados e obtusos a uma só solução imaginária. Lidar com imprevistos e conflitos inesperados consiste em uma arte, e exige muito desapego. Fazê-lo ao longo prazo, com o acúmulo de experiências, e mantendo a liderança natural, é mais do que arte, é uma dádiva.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Trabalho em Equipe

A mais nova unidade do Método DeRose em São Paulo, a Paes de Barros, foi construída literalmente com muito suor... Da equipe!

Em uma incrível demonstração de trabalho em equipe, união e zelo, que deixou todos boquiabertos, muitos profissionais e alunos da Unidade Paes de Barros, Anália Franco, e outros, empenharam-se na reforma da linda Unidade nova!!!

Parabéns e que sirva de exemplo para todos nós!!!
Assista ao vídeo que acompanha momentos diversos da reforma:



Aulas do Método DeRose em parques e praças

Cada vez mais, temos aulas do Método DeRose abertas ao público, em praças, parques, etc. Em São Paulo, temos todos os sábados, às 9h, no Parque do Ibirapuera, e em alguns outros lugares.
Esta já se tornou uma prática comum também fora do Brasil, em Portugal, e outros. Assim, quando estiver viajando, informe-se nas escolas do Método DeRose se há aulas.

Participe, e indique aos amigos! Veja mais informações em:



sábado, 18 de julho de 2009

A arte de educar

Na tradição oriental antiga, valoriza-se muito cada segundo ao lado daquele que ensina. No caso específico do Yôga, os ensinamentos mais valorosos e importantes são transmitidos através do parampará, transmissão oral do conhecimento.

Este conhecimento é passado verbalmente, porém, não em uma sala de prática, somente. Mas em outras ocasiões, como em uma confraternização, uma noite de trabalho, uma viagem de carro, ou inúmeros outros. Assim, o aluno que deseja aprofundar-se crescentemente na matéria, sabe valorizar a presença do instrutor, bem como o instrutor valoriza enormemente estar junto ao seu monitor, e supervisor.

Outro importante fator para que isso ocorra é que, uma vez que o aluno percebe o tempo e energia que seu orientador lhe dedica transmitindo sabedoria, em ocasiões que por vezes parecem muito corriqueiras, nasce um profundo respeito e carinho por ele. E com isso, um grande zelo. Este importante laço de respeito e carinho que se cria entre aluno e educador é a base de todo o trabalho evolutivo do aluno, e também daquele que ensina.

Já na tradição ocidental, atualmente, também é possível transcender o ensino meramente técnico do professor de alguma matéria, ou a gestão meramente voltada a resultados em uma empresa (sim, porque o gestor em uma empresa é, também, um educador). Nos dois casos, uma boa parte dos educadores preocupam-se somente com resultados gerais, e enxergam seus alunos ou funcionários como peças de um quebra-cabeças: da atual situação.

Porém, há casos em que esta relação consegue ser transcendida. Eu tive a sorte de, na minha carreira em empresas, ter tido gestores que me viram como pessoa, e me orientaram para a vida, atravessando uma visão de curto alcance e as barreiras do tempo atual. Foram pessoas cujo zelo pelo meu desenvolvimento pessoal e profissional se expressou principalmente fora das salas de reuniões. E como consequência, conseguiram a minha lealdade, e viraram minhas referências. Este cuidado possui raízes muito mais profundas em nossa essência, ao contrário das relações meramente efêmeras, que encontramos às pencas por aí.

Para que tal orientação sincera ocorra, porém, é preciso que o funcionário enxergue o chefe como alguém que possua mais conhecimento ou maior experiência. Se assim o fizer, será mais receptivo a desenvolver-se. Um dos problemas que enfrentamos na sociedade atual é o incentivo ao questionamento, por todas as hierarquias. Claro que inquietações levam à produtividade e quebra de paradigmas, porém, desde que sejam construtivos. Há pessoas que questionam somente com o objetivo de opor-se à idéia de um líder, e este se sente como dirigindo uma moto com um garupa que faz peso sempre na direção oposta, durante as curvas. E assim, perdem a maravilhosa oportunidade de serem bem liderados.

Fica para todos nós então, a tarefa de auto-estudo de como temos sido: como alunos, funcionários e chefes. E em todos estes casos, como estamos nos entregando à função: superficialmente, com o coração, com a intuição? Quanto precisamos caminhar, para sentir que estamos mais próximos de nossa melhor dedicação e envolvimento?

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Faça SwáSthya Yôga antes que você precise

Texto escrito pelo Instrutor Rafel Ramos:
Alguns conceitos são importantes antes de travar contato com o Yôga. As perguntas que todos fazem são sempre muito parecidas. Querem saber para que serve? Quais são as conseqüências da prática diária? Quem pode praticar? Entre outras que vamos esclarecer aqui.

A definição do Yôga mais aceita entre os estudiosos é: Yôga é qualquer metodologia estritamente prática que conduza ao samádhi. Samádhi é um estado de hiperconsciência e autoconhecimento. Vamos partir dessa definição para ressaltar alguns aspectos importantes do Yôga.

Essa filosofia nasceu há mais de 5.000 anos, originalmente praticava-se instintivamente, como se espreguiçar, algo prazeroso e necessário. Da mesma forma que há milênios a prática era feita com um intuito tão nobre, seguimos a tradição e praticamo-la nos dias de hoje, sem confundí-la com terapias ou qualquer outra atividade que vise benefícios.

Se você agora se perguntou: Como não trabalha com benefícios? Eu aumentei minha capacidade respiratória, melhorei minha alimentação, fortaleci meu corpo, adquiri mais flexibilidade e hoje sou uma pessoa com muito mais consciência sobre tudo que faço. Esses não são benefícios?

A você, respondo com firmeza: Esses são apenas meros efeitos colaterais decorrentes da prática de uma filosofia que visa a expansão de consciência. Obviamente que as técnicas respiratórias promovem um aumento de saúde, uma vez que para um yôgi a respiração é fonte de prána (bioenergia). Aumentando a energia do corpo alguns reflexos iniciais disso são: saúde generalizada, melhoria na circulação sanguínea, melhor utilização dos pulmões etc.. Da mesma forma que praticando ásanas (técnicas corporais) pode-se tonificar a musculatura, melhorar o alinhamento do corpo, entre outras coisas.

Essa Filosofia é praticada por pessoas saudáveis, de bom nível cultural, de bem com a vida e que buscam aprender e evoluir. E esses praticantes sentem rapidamente a evolução sendo processada em seus corpos.

Pode-se dizer então, que o Yôga é uma filosofia que faz com que o ser humano aprimore a forma de se relacionar com o meio ambiente, com as outras pessoas e sua forma de encarar a vida. Tudo isso acontece a partir do seu auto-conhecimento.

Deixo um recado a você que busca o Yôga pelos benefícios: Faça Yôga antes que você precise! Pratique para ser mais feliz e aprimore-se por completo.

Rafael Ramos
Instrutor do Método DeRose
Unidade Anália Franco
Acesse: http://www.yogajardimanaliafranco.com.br

Santôsha e o dia-a-dia

Definição extraída do Tratado de Yôga, do Mestre DeRose - código de ética do yôgin:
VII. SANTÔSHA
A sétima norma ética do Yôga é santôsha, o contentamento.

O yôgin deve cultivar a arte de extrair contentamento de todas as situações.
O contentamento e sua antítese, o descontentamento, são independentes das circunstâncias geradoras. Surgem, crescem e cingem o indivíduo apenas devido à existência do gérmen desses sentimentos no âmago da personalidade.

O instrutor de Yôga deve manifestar constante contentamento em relação aos seus colegas e expressar isso através da solidariedade e apoio recíproco.
Discípulo é aquele que cultiva a arte de estar contente com o Mestre que escolheu.
O código do Santôsha é extremamente importante, e um dos mais bonitos dos códigos de ética do yôgin. Isso porque o contentamento em si, depende de uma série de outras características inerentes à personalidade, e da atitude do indivíduo em relação ao mundo.
Atitudes que parecem pequenas no dia-a-dia, fazem enorme diferença, como por exemplo dizer para alguém que gosta muito, o que você sente. Mas, antes disso, é necessário que valorize este sentimento internamente. Deve-se fazer esta observação não somente com as pessoas que estão em volta, mas também com as situações e as oportunidades que a vida apresenta. Quantas vezes uma situação que causou grande desconforto e tristeza em uma fase da vida, levou a rumos inesperados, e maravilhosos!
Assim, uma grande "mágica" do dia-a-dia é olhar as situações, todas elas, como se estivesse de pé sobre um banquinho, olhando à frente. Considerando que é impermanente, como todas, e como todas, tem começo e tem fim.
Por último, observemos que isso não é impedimento algum para ir atrás do que se deseja, do que busca no seu íntimo. Ao contrário, quando toma-se decisões coerentes com a própria essência, com fidelidade e afinco, as situações da vida moldam-se cada vez mais neste sentido, e o santôsha torna-se mais evidente e natural! Como diz o preceito moderador, do mesmo texto código de ética do yôgin:
Preceito moderador:
A observância de santôsha não deve induzir à acomodação daqueles que usam o pretexto do contentamento para não se aperfeiçoar.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Mensagem do Infinito

Extraída do livro Mensagens do Yôga, do Mestre DeRose, disponível para download em www.uni-yoga.org/:

Eu Sou o murmúrio da brisa, sou o orvalho na flor, as borbulhas das ondas do mar. Sou o trinar dos pássaros, felizes. Sou o calor do Sol, envolvente. Sou o silêncio da madrugada, profunda. Habito o sorriso das crianças, o olhar amoroso do ancião.

Estou nesta pedra, naquele inseto, na nuvem ali distante. Eu estou em ti. Sou aquela Chispa de Luz Eterna que constitui tua própria vida e consciência, aquele pequeno, mas ofuscante relâmpago de compreensão que de quando em vez te absorve o espírito durante uma fração de segundo.

Minha voz possui as chaves milenares da felicidade e te exorta à comunhão dos nossos corações através do Swásthya Yôga, pois sou Púrusha e tu também: somos unos, um com o outro, e somos UM com o Universo!

sábado, 11 de julho de 2009

Os dois preciosos


Estava aqui, pensando no que escrever, quando olhei para o lado. E lá estavam eles, no sofá. Olhando-me com seus olhos grandes e curiosos.
Já ouviu falar no ditado: de curiosidade morre o gato? Tenho que te contar, meu amigo, que é bem verdade. Estes peludos queimam o rabo, sujam o nariz, molham-se, fazem de tudo. Só para descobrir que raios é aquele barulhinho, de onde sai este cheiro, no que a "mamãe" está "brincando"...

São também, espertíssimos, e até acompanham o cursor do monitor do notebook, quando estão cansados de me ver digitar e querem atenção. Dotados, inclusive, de uma magnífica consciência corporal. Pulam altíssimas alturas sem machucar, são extremamente hábeis em seus movimentos, diria assombrosamente hábeis.


Quem não convive com um gato possui um preconceito, de que são egoístas e ariscos. Pois como o próprio nome diz, é um mero pré-conceito. Os gatos são animais incrivelmente sensíveis, inteligentes e doces. Frida (Kahlo) e Diego (Rivera), meus bebês, viram-se de barriga para cima assim que chego em casa, pedindo carinho. Não me deixam andar sequer sem cumprimentá-los antes.

Mas o ponto alto mesmo, é quando ronronam. À noite, ao meu lado, no sofá, como agora há pouco. Diego, o mais meigo do casal (que inclusive possui algo de complexo de édipo em relação à mim), deita-se ao meu lado. Faço carinho, e ele imediatamente começa a ronronar. Ronrona com intensidade, e mexe com as patinhas agarrando o sofá, como faria se estivesse mamando quando bebê. É uma enorme demonstração de afeto.
Você tem um bichinho de estimação? Se não tem, pense um pouco sobre isso. Um bicho como os meus tem uma enorme capacidade de mudar a sua vida, e amolecer seu coração. Eles te tornam uma pessoa mais amável, mais divertida, mais sensível, e mais cuidadosa. Acabam por ensinar uma porção de coisas, quando você imaginava que seria justamente o contrário...

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Púja

Púja é o segundo, dos oito feixes de técnicas da prática ortodoxa do SwáSthya Yôga. Significa retribuição, e neste contexto trata-se de retribuição ética de energia. Para saber mais sobre o tema, leia o livro Púja, do Sérgio Santos.

Esta retribuição não é muito difundida no ocidente (a tradicional oferenda da maçã para a professora seria um dos poucos exemplos), especialmente nos tempos atuais, em que as escolas apresentam problemas até de violência por parte dos alunos. Porém, na tradição oriental, contexto de nascimento do Yôga, é uma atividade muito comum e corriqueira.

"No oriente, homenagear os educadores é uma rotina, quer seja nas Escolas de Yôga, quer seja nas de música, dança, línguas, entre outras. A presença deles é imprescindível na trasmissão do conhecimento, especialmente em nossa área." Púja, Sérgio Santos, pag. 22.

Mais do que uma demonstração explícita, púja é sobretudo uma atitude de retribuição, por isso utilizamos mentalizações durante a prática: ao local que acolhe o desenvolvimento interior do praticante, ao instrutor que dedica-se a ensinar esta filosofia, ao Mestre do seu instrutor, que é seu Mestre também, e a Shiva, o criador mitológico do Yôga.
Realizando o púja, o praticante conecta-se com a linha de Mestres antecessores que transmitiram esta cultura até a atualidade. Esta identificação com os arquétipos potencializa fortemente a predisposição para assimilação dos ensinamentos. Assim, um praticante antigo sabe identificar os efeitos de uma prática em que fez um bom púja.

Finalmente, como em tudo no Yôga, e na vida, o púja deve ser feito com bháva: intensidade, e sentimento:

"Bháva condiz com a emoção de se ouvir uma determinada música ou assistir a um belo filme, contemplar um pôr-do-sol ou as estrelas no firmamento. Significa praticar Yôga sem expectativas de resultado, simplesmente pela arte em si, como a força de vida presente na Natureza, atuando na mecânica do Universo." Púja, Sérgio Cardoso, pág. 32.


Neta de Che Guevara em campanha pelo vegetarianismo

E seguem os esforços de famosos e vegetarianos para divulgar sua causa. Paul MCCartney, que virou vegetariano há alguns anos (se não me engano), já possui uma série de famosos apoiadores:


Agora é a vez da neta de Che Guevara: vegetariana descoberta pela ONG Peta, virou garota propaganda:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u583240.shtml

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Demonstração de SwáSthya Yôga no Superpop

Vejam demonstrações de coreografias do Método DeRose, que ocorreram no programa Superpop da semana passada:

http://www.redetv.com.br/portal/Video.aspx?39,9,31356

Curtindo o feriado em São Paulo

Brasil-França:
Dando continuidade às exposições e mostras em homenagem ao ano Brasil-França, esta semana temos uma boa indicação de filme. O filme chama-se Paris, e está em boas opções de cinemas de SP:

Aula de ásana e meditação, sexta-feira, 10 de julho:
Venha a esta aula especial da Unidade Moema, que ocorrerá às 20h, e entenda como ásanas e meditação são relacionados!
Gourmet vegetariano sexta-feira, 10 de julho:
Após a aula de ásana e meditação, agende-se para um delicioso gourmet vegetariano, 21h30 na Unidade Moema. Aguarde informações sobre o Gourmet do mês, e sobre o cardápio!

quinta-feira, 2 de julho de 2009

A arte de cozinhar

Cozinhar é uma arte. É uma arte, quando se vivencia e sente profundamente suas nuances.
A arte de cozinhar está em trabalhar os alimentos e temperos: sua química, sua temperatura, sua personalidade. Exige um olfato atento, um toque sensível, um melhor conhecimento da acidez da própria pele.

Cozinhar é arte a partir do momento em que a mente se aquieta, e todos os sentidos são completamente voltados para a alquimia que ocorre. Tão envolvidos que não se consegue replicar uma receita. Ou mesmo explicá-la com precisão, pois isto seria descrever o indescritível processo que se deu.

Concentre-se agora e sinta: o cheiro da canela, a textura da batata cozida, o agridoce da noz moscada. Veja a cor do açafrão, sinta o toque das folhas de espinafre, a consistência do azeite. Sinta o cheiro da carambola, a vitalidade dos tomates, a alquimia de uma compota de frutas. Perceba na língua, os diversos estímulos da pimenta, sinta o aroma que resulta de cebolas refogadas no azeite.

Esta é a verdadeira arte. Este é o verdadeiro alimento. Esta é a alma da culinária.

Comer bem é alimentar todos os sentidos, e a culinária sem carnes tem um infindável espaço para exploração dos mesmos.

Dica para os solteiros: tenha sempre batatas na dispensa. Quando chegar em casa, à noite, e cansado, coloque uma batata no microondas por 8-10 minutos, até o cozimento. Abra-a no meio e utilize os temperos que desejar: azeite com alecrim e pimenta, queijos e azeitona, azeite e curry, etc etc etc.