sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Volta depois do Jejum

Depois de um período de jejum de escrita em decorrência da viagem (apesar de a cabeça estar ainda mais cheia de idéias), volto ao Blog.
Deixo para começar, uma mensagem linda do Educador DeRose, extraída do livro Tratado de Yôga. No final de semana terá mais...

Mensagem da Meditação
O Templo da Paz está dentro de ti. De nada adianta buscá-lo lá fora. Em teu coração jaz o recanto somente acessível a ti próprio e ao qual ninguém poderá penetrar. O nome desse Templo é Anáhatha e ele constitui o teu refúgio indestrutível. A ele deves recolher tua mente pela manhã e à noite, a fim de manter o caminho aberto e livre da erva daninha. Nele deves penetrar em busca de ti próprio duas vezes por dia para cuidar do asseio de teu Templo Interior.
Imagina que, tão logo cerres os olhos, teu coração se torna luminoso como um Sol e nele penetra a tua consciência, como se fora o recinto de um Templo material. Visualiza um aposento acolhedor e suave, banhado numa luz azul celeste diáfana e numa temperatura amena. A Harmonia das Esferas se faz ouvir na forma de melodia tranquila e celestial. Coloca ao Oriente uma chama votiva na qual hás de incinerar teus momentos de amargura em holocausto de tolerância à Chispa Divina que habita em ti.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Árvore da Barriga


E eis que, após algum tempo no exílio de mim mesma,
Volto para casa.
Corpo, ossos, pensamentos, rotina.

Alguns meses digerindo sementes,
E nasce a planta na barriga.

Ainda um broto, mas já projeto.
Uma árvore linda, majestosa, plena em si.


Que balança ao vento,
Pela no outono, seca no inverno e renova na primavera.
Sólida. Forte.

Carregando em cada molécula a essência da vida.
Assim, inexplicavelmente.
Inevitavelmente.
Num dia como outro qualquer,
Algo bem dentro se apruma.

E a confiança volta a reinar.
Uma brisa quente do verão traz a certeza,
De que o caminho cedo ou tarde, se apresentará,

E para isso, todos os ouvidos devem estar bem atentos...

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Lapidando a pedra bruta

Dia após dia, sem que percebamos, estamos mudando. Usamos, mesmo não querendo, nosso poder de transformação constante e incessantemente.
Se pararmos para pensar, a cada segundo, o planeta não é mais o mesmo. Alterações climáticas acontecem, a atmosfera está em constante transformação. A cada dia o horário do pôr-do-sol é alterado.
Enquanto você lê este texto, milhões e milhões de estrelas e planetas em diversas galáxias movimentam-se alterando a harmonia do Universo. Perto desta grandeza, não somos mais do que a pata de uma formiga minúscula, com sua vida infimamente curta e limitada.
Assim, ao invés de assistir a vida passar, existe a possibilidade de explorarmos ainda mais o nosso potencial de transformação. Há quanto tempo você parou para pensar na sua vida, e na sua rotina diária?
Em todo o seu dia, dentro de tudo o que você produz, o que de fato possui a sua verdade, é gerado da sua mais profunda essência? O que te fez passar por momentos sublimes?
Há um movimento natural, que vem da nossa força interior, de, com o passar dos anos, naturalmente nos dirigirmos a estarmos no mundo de forma cada vez mais autêntica. Porém, este poder pode ser extremamente potencializado através da nossa intenção para que tal fenômeno ocorra.
Este caminho gera uma realização cada vez mais profunda, e intensa, e acompanha uma felicidade inerte ao próprio ser, cada dia mais sentida, com o aguçamento da sensibilidade.
Seguindo esta trilha, cada gesto, cada palavra, cada ação, torna-se mais fiel à essência. Cada produção uma expressão de arte: a arte da essência. E assim, tudo ao redor torna-se mais bonito. A voz, as palavras, os toques, a aparência, o olhar. As decisões tornam-se cada vez mais fluidas, as emoções mais sutis, as pessoas ao redor cada vez mais incríveis.
E os momentos cada vez mais sublimes. E assim, incrivelmente, vivendo mais intensamente, rejuvenescemos. Os anos se passam, e a energia torna-se mais sutil. Ao invés de apagar, acendemos, brilhamos, ganhamos mais energia, e mais força.
E assim lapidamos cada vez mais a pedra bruta, em direção ao mais translúcido diamante.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Contemplação

Há sempre aqueles momentos, aqueles preciosos momentos,
Em que queremos somente observar a vida.

Sentar em uma cadeira de balanço e verificar o movimento da rua.
Tomar um café em um lugar bem gostoso na esquina,



Sorvendo cada gole como se fosse a primeira vez.
Olhar fixo no horizonte, na espera de alguma grandiosidade.

A cabeça tão cheia de idéias, que quase não se nota que está sozinho. Na verdade... Não está..

Momentos introspectivos, guardam a lua no ventre. Preenchem-se do sol do dia.
Dos rostos, dos dizeres, dos estudos, das experiências.
Das artes. De todas as formas de arte. E como amam a arte!

E como uma gestação, criam bem dentro uma experiência. Uma mudança, uma produção.
Que não se sabe bem o que é na sua fase de desenvolvimento.

Sente-se um inchaço, uma mudança no metabolismo,
Na forma de absorver e digerir o mundo.
Fica-se esquisito por algum tempo. Um bom tempo, talvez. Sem que se reconheça.

Mas carregando dentro de si a serenidade de quem sabe. De quem sabe muito bem. Das coisas do mundo, do céu e da terra.

E assim, nada se pode fazer. Há de se esperar. De cuidar do processo. Observar os sinais. Verificar as mudanças. Na espera de que, tal como a lagarta gera a borboleta, em um breve dia, tudo fará perfeito sentido novamente.

Visto de uma percepção que antes não se podia alcançar...

terça-feira, 27 de outubro de 2009

O Ouvido de Dentro

Entender a verdade própria é um desafio e uma arte.
Fases e fases da vida, em que visão é atrapalhada pela névoa da emoção, ou pela incerteza do pensamento. E então ouvir com o ouvido interno, é o único caminho.
Que encontre o caminho, pode se passar de várias formas. Ouvindo uma bela música, emocionando-se em uma prática, contemplando o horizonte. Ou em um café, observando as pessoas passarem, e a vida acontecer.
Ou simplesmente em qualquer outro momento, que toque o coração, faça vibrar o corpo, sentindo todo o efêmero desmoronar perante os olhos.
Estejamos atentos, assim, para o próximo despertar...

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Nem oito nem oitenta

Em todos os procedimentos, evite os extremos. Habitue-se a enxergar que entre oito e oitenta há uma quantidade de alternativas. Mestre DeRose

A ponderação é uma das principais características a desenvolver durante a vida. Normalmente, não a temos bem maturada quando somos jovens, e conquistamos com o passar dos anos. Porém, pouquíssimas pessoas realmente alcançam este dom. Algumas profissões destacam-se especialmente pela necessidade de razão des-apaixonada, como por exemplo advocacia, diplomacia, entre outras.
Possuir a habilidade de julgar a partir de um pensamento sensato e razoável é a atitude mais adequada em todas as situações. Para isso, é necessário que se leve várias coisas em consideração. Uma atitude radical em relação a um problema ou conflito não é inteligente, e costuma ter efeitos somente em curto prazo.
Em primeiro lugar, em se tratando de pessoas, colocar-se no lugar do outro, e pensar como ele, é essencial. Muitos conflitos são gerados e levados ao extremo pela simples falta deste exercício.
Além disso, deve-se sempre buscar todas as alternativas de solução a um problema. Em seguida, pesar todas com as devidas consequências. Esta análise deve ser feita com olhos de lince, sem deixar-se arrastar pelo emocional, e, se possível, com a maior voz possível do intuicional.
A melhor decisão, e a mais difícil é, neste caso, não a decisão entre perdas e ganhos. Esta é mais fácil. A decisão que mais necessita de capacidade de julgamento é a decisão entre perdas e perdas. Sim, porque neste caso, nada saiu como planejado, e deve-se decidir por alternativas novas, e desapergar-se das expectativas anteriores.
Alguns setores trabalham bem neste sentido, através de damage control, controle de danos/perdas. Um exemplo é a área de alimentação, em que, por mais que se controle quase todas as variáveis passíveis de monitoramento, sempre há algum dano inesperado que prejudica algum lote de produtos, ou se for um restaurante, que provoca uma intoxicação, ou problemas de outras espécies.
Quando tenho que tomar qualquer decisão importante, minha mente ainda está embriagada pela emoção, ou meus pensamentos a mil não me deixam ver uma solução sensata, costumo dormir sobre o problema. Exatamente isso. Durmo pensando naquela situação, converso comigo mesma, e ao acordar, com as emoções tranquilas, a melhor solução aparece. Se não surge ainda, há resquícios de interferências, durmo mais uma noite sobre o problema.
As escolhas que fiz desta forma foram sem dúvida muito mais sensatas e racionais, do que as que decidi no calor das emoções. Algumas outras necessitam ainda mais do que uma ou duas noites de sono, mas de uma fase inteira. Nestes casos, é preciso confiar e ter uma visão mais ampla, pois a alternativa correta não se apresentou, ou você não é ainda capaz de vê-la.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Liderança e Autoridade

Todos nós somos educadores. O tempo todo, ainda que não percebamos. Educamos as pessoas que desenvolvemos profissionalmente , os filhos, os familiares, os colegas de trabalho.



Faz parte deste trabalho, não somente ensinar técnicas e processos, mas principalmente, e mais importante que todo o resto, ensinar ATITUDES.


Atitudes não em termos de ações, mas antes disso, na forma de ver a vida, na forma de lidar com os problemas, de considerar as pessoas.

E a melhor forma de ensinar atitudes é o exemplo. Se você quer que o outro seja amável, seja você muito mais amável, nas mais adversas situações. Se deseja embutir disciplina, seja você constantemente disciplinado. Se quer pessoas com garra, tenha você a melhor do mundo, mostre a todos os seus sonhos e as suas ações para concretizá-los. Se deseja respeito, respeite a todos ainda mais.

Assim, seja você o forte, o norte, o farol do navegante. Sempre agindo de forma que os demais queiram seguir suas atitudes, sejam embriagados pela sua perseverança, e naturalmente, o sigam. Esta é a principal diferença entre liderança e autoridade. O motor por trás de isso tudo é um amor profundo, e verdadeiro, pela existência.


Esforçando-se sempre para ensinar atitudes, você tocará realmente uma pessoa. E esta transformação, ainda que seja mais lenta, perdurará por toda a vida, transformando toda uma gama complexa de comportamentos e desencadeando mais alterações. Ao passo que, um ensinamento técnico ou específico, dura somente quanto durar um problema...
E aqui fica uma pequena homenagem à Nina de Holanda, que é para mim e para muitos um farol, um norte, com seu jeito sempre doce de ser.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Exortação

Sempre bom reler o texto Exortação, escrito pelo Mestre DeRose (Tratado de Yôga). Em um momento especial do dia:

A todos os que praticam ou estudam Yôga, sinceros e com a alma pura, convocamos para participar do nosso trabalho de União.
A todos quantos estão mais preocupados em construir do que em criticar, conclamamos para que se unam e possam espargir nossa mensagem de integração.
A todos aqueles que não estão interessados em evidenciar o que existe de errado no Ser Humano, mas sim em cultivar o que existe de certo e bom, chamamos para que nos dêem as mãos e possamos todos juntos perpetuar as tradições ancestrais que nos foram transmitidas pelos antigos.
A todos os que não querem perder tempo discutindo, mas, ao invés, anseiam aplicar esse tempo em encontrar o verdadeiro Yôga que existe em cada coisa ou pessoa; a todos esses que querem a melhoria do Homem e sua confraternização cheia de afeto; a todos quantos aspiram por uma comunidade yôgi onde a hostilidade e a competição ficaram fora; a todos esses nós abrimos nossos corações, estendemos nossos braços e lhes osculamos como a verdadeiros irmãos.

Não-possessividade

Aparigraha, quinta norma ética do Yôga, significa não-possessividade. No livro Tratado de Yôga, do Mestre DeRose, há uma descrição sobre esta e as demais normas.

A não possessividade aplica-se aos bens materiais, por um lado. Indicando que um yôgin não deve ser apegado a seus bens materiais, ou muito menos, aos dos outros. Isso não quer dizer que o indivíduo deva desfazer-se de seus bens. Isto inclusive, pode não significar desapego, mas sim apego ao ato de desapegar-se.

Não possessividade em relação aos bens materiais significa que os bens, como o dinheiro, vêm e vão, pois são uma forma de energia. E, assim sendo, deve-se ter sempre esta consciência, não deixando que as posses controlem a sua vida, mas sim o contrário.

Importante lembrar que, mesmo aqueles que dedicam suas vidas a uma causa nobre, devem buscar uma vida digna financeiramente. Esta norma, como indica o referido livro, não é desculpa para que sejamos relapsos com os bens que nos foram confiados para guarda.

No âmbito dos relacionamentos, há toda uma outra complexa aplicação do aparigraha. Muitos pensam que amar e cuidar implica em ter ciúmes e possessividade em relação ao outro. Na verdade, isso pode até ser engraçadinho por um período, mas no longo prazo vêem as dificuldades.

Demonstrações de ciúmes prejudicam a comunicação, podem gerar segredos entre o casal, que afasta-se quanto mais a possessividade é reinante. E assim cria-se um abismo cada vez maior, que pode resultar de diversas maneiras.

Em contrapartida, se há comunicação, e as duas partes entendem toda a humanidade do parceiro com maturidade, utilizando uma visão de maior alcance, a intimidade segue por caminhos mais sólidos. Amar proporcionando liberdade ao parceiro, para viver plenamente a sua jornada, e compartilhando os momentos (ainda que isto signifique perder o ilusório controle sobre ele), é o maior presente que se pode dar.

Em um sentido mais amplo, há de se entender, e este é um desafio de todos nós, os ciclos da vida. É preciso observar as frutas nas árvores, que nascem, vivem, amadurecem, caem e morrem. Simples assim. Com os seres humanos, acontece o mesmo.

Vivendo cada dia com esta consciência de vida e de morte, experienciam-se momentos mais intensos, verdadeiramente valiosos, e quando se atinge a certeza de que a vida não é vivida em vão, o medo da morte, de si mesmo e dos queridos, começa a transformar-se. E assim inicia-se um caminho que não é curto nem tão simples quanto estas palavras.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Mudando o Mundo

Leia texto publicado hoje no Blog do DeRose, chamado Estamos mudando o mundo:
Você já tomou consciência de que estamos mudando o mundo à nossa volta? Cada instrutor semeia a Nossa Cultura nos corações de centenas de alunos. São milhares de instrutores! Cada escritor nosso faz germinar nossa filosofia em milhares de leitores. São dezenas de autores! Cada aluno e cada leitor, ao adotar nosso life style, influencia de forma saudável familiares, colegas de trabalho ou de faculdade, cônjuge, amigos e desamigos. Isso, em vários países. Agora faça as contas. Calcule o número de instrutores, alunos e leitores do Nosso Método e tome consciência do poder de melhorar o mundo que você tem em suas mãos. Desfrute a satisfação de usufruir esse poder de ajudar as pessoas. Fale, escreva, esclareça, divulgue, mostre pelo seu bom exemplo o quanto a nossa proposta é boa, é séria e é agradável de incorporar no dia-a-dia, na vida real.
Passe por lá para acessar mais muitos e muitos textos bacanas: www.MetodoDeRose.org

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Transformação

Transborde SwáSthya por todos os seus póros;
Transmita SwáSthya em todos os seus gestos;
Comunique SwáSthya através do seu olhar;
Vivencie SwáSthya, a todo momento.
Em todos os momentos...

E a vida ganhará outras cores, outras sensações. Outros aromas, outros sabores... E você tocará a vida de todos os que o cercam...

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Viver o dia de hoje

Ontem estive em uma aula para instrutores com o Mestre DeRose, ótima, como sempre são suas aulas. Dentre muitos assuntos, surgiu um que me chamou especial atenção. É impressionante como sempre nos atentamos àqueles temas que são relevantes ou necessitamos naquele exato momento.

O tema era um que já pensamos algumas vezes na vida. Ou muitas. Em alguns momentos com mais lucidez. Mas ontem foi especial.

O tema é basicamente que, vivemos nossos dias e nos planejamos para amanhã. Mas, é fato que, pode ser que amanhã simplesmente não exista. Será que pensamos nessa possibilidade com sua real dimensão?

Se temos a sensação de que somos formiguinhas no meio de um vasto Universo, e impotentes perante este poder, estamos nos aproximando desta reflexão com nosso coração, e com nosso ventre. E assim sentimos aquela vibração terrena subindo pela barriga, traduzindo a própria existência.

Pois é, e o quê fazemos com isso? Depende exatamente de cada um. Mas basicamente, aproveite cada momento e viva a sua vida bem. Plenamente. Feliz. Entendendo a simplicidade das coisas, esta é uma grande conquista.

Quando se tem a perspectiva de formiguinha no Universo, os "problemas" do cotidiano tornam-se coisas tolas, bobas, impermanentes. Porque de fato o são.

Da mesma forma funciona com os relacionamentos. Quando temos esta noção de impermanência, desfrutamos mais de cada momento com quem amamos. E as mazelas e mesquinharias do ego passam desapercebidas, afinal, o que são elas perto da grandeza que é a existência? E da beleza do amor?

E assim, no final do dia, ao menos neste dia, façamos uma reflexão sobre a nossa vida, como se revendo-a, como se estivesse passando diante de nossos olhos. Pensando nas pessoas amadas, na rotina diária, nas realizações.

E então percebamos se algo precisa ser mudado, para vivermos somente dias totalmente plenos. Com momentos compartilhados da melhor forma com quem amamos.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Último Final de Semana na Unidade Moema

Na última sexta-feira, dia 4/09, tivemos uma aula em dupla na Unidade Moema. Saímos todos super animados para tomar um suco no Empório Moema, que acabou virando um açaí e algumas outras comidinhas, afinal: ninguém é de ferro!
No sábado, 5/09 fizemos uma ótima maratona: 8h30 treinamento de ásanas, 10h aula de Pré-Yôga e 11h aula de SwáSthya Yôga! E depois de tudo isso, só mesmo um bom papo!!!
Prepare-se ainda para os próximos eventos da Unidade:
12/09, 10h: curso Mudrá, a Linguagem dos Gestos, com a amada Professora Nina de Holanda. IMPERDÍVEL!

Chuva

E mais uma vez a chuva.

Surpreendente,
Trazendo toda a atenção para si,
E um enorme poder de mudar rotinas e planejamentos.

Fazer com que fiquemos mais em casa,
Deixemos nossos compromissos para mais tarde.



Ouvimos melhor os sons do silêncio
Das gotas de chuva
E os sons de nós mesmos.

A chuva convida à introspecção,
Ao olhar de dentro, à concentração.
À observação dos próprios sentimentos,
E de como lidamos com eles.

Em última instância,
Convida ao silêncio, e às sensações.
E a práticas maravilhosas de SwáSthya!

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Blog Recomendado

Acesse o Blog administrado pelo Daniel Tonet, Diretor da Unidade Bueno de Goiânia, e veja vídeos sobre coreografias, eventos, alimentação, mantras, vivências, práticas, etc, do Método DeRose.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Transcrição da Entrevista

Seguem trechos da ótima entrevista com DeRose feita em Portugal:
A sua cultura promove um indivíduo mais lúcido, mais consciente, mais interventivo na sociedade. É isso?
A proposta é esta. A proposta é que através de um conjunto de técnicas e um conjunto de conceitos nós possamos levar uma pessoa comum a um estado de consciência expandida. Agora se isso vai ser obtido ou não, vai depender de uma quantidade de fatores. Entre eles, a própria genética do indivíduo. E, da parte controlável, a dedicação, o investimento de tempo na prática dessa filosofia. E também o ambiente onde a pessoa vive. Porque vai depender muito da bagagem cultural que ela traz, da profissão que ela exerce, da idade com a qual ela começou. Então é uma constelação de fatores.

É possível esculpir um indivíduo diferente, mais interventivo na sociedade?
Cada indivíduo é uma realidade diferente. Então, as próprias técnicas, por exemplo, de oxigenação cerebral, vão reagir diferentemente de um indivíduo para o outro.
Mas o senhor tem uma intenção, tem um destino que quer cumprir no esculpir desse indivíduo?
Sim. A meta que nós queremos alcançar é conceder a essa pessoa um estado de hiperconsciência, um estado de megalucidez. Que, na verdade, é a direção na qual a humanidade esta caminhando.
Quando as sociedades dos nossos dias não têm um perfil nem de indivíduo nem de sociedade em si, a sua cultura pode ser a proposta que falta.
Esse indivíduo, obviamente diferente, mais lúcido, mais consciente, que impacto real é que ele tem na sociedade? Em que ele pode fazer a diferença?

Quando a pessoa tem mais lucidez, a primeira coisa que ocorre é que ela vai exercer melhor o seu trabalho, a sua posição na família, o seu engajamento em qualquer ideal, seja ele político, humanitário, filantrópico, artístico, seja lá qual for. E, além do mais, ele se sente integrado. Porque quando o indivíduo ainda não tem uma consciência plena, ele acha que o mundo se divide entre eu e os outros. No momento em que a consciência se expande, ele percebe que não existe essa coisa de eu e os outros. Somos todos uma só coisa, estamos todos interligados, não apenas dentro da espécie humana, mas entre todas as espécies e com o próprio planeta, com o próprio cosmos. E esse estado de consciência expandida é alcançável. Mas, normalmente, quando a pessoa menciona a sua pretensão, a sua intenção de conseguir tal estado de consciência, uma outra pessoa que não imagine o que é isso, que não tenha lido a respeito, que não tenha estudado, que não tenha se esclarecido, pode supor um ideal inalcançável, pode supor uma fantasia. Acontece que muita gente já logrou esse estado de consciência. Então é realidade.

Esse estado de hiperconsciência, de lucidez, traduz-se em quê no dia-a-dia?
No dia-a-dia, traduz-se em uma participação objetiva, que nós chamamos de ação efetiva. Porque muita gente tem iniciativas, mas poucas têm acabativas. Então, uma das coisas que uma consciência maior, que uma lucidez maior, nos concede, é perceber que não adianta apenas o discurso, não basta a intenção, é preciso levar a cabo. É necessário ter a iniciativa, a acabativa, o resultado final, para a vida deste indivíduo, para a sua família, para os seus amigos, para os seus desamigos, para toda a sociedade, para a responsabilidade social, para responsabilidade ambiental, ou seja, ele vai expandido o seu campo de atuação, ele deixa de ser um indigente, ele deixa de ser um indivíduo que não é ouvido, que não tem voz, nem voto. Ele passa a ser uma pessoa que atua e que modifica o mundo em que vive. E como essa pessoa, em geral, é uma pessoa que tem nobres ideais, ao modificar o mundo em que vive, modifica-o para melhor.

Como é que a sua cultura faz isso sobre o indivíduo? Que instrumentos, que ferramentas é que dispõe para fazer isso?

A Nossa Cultura. Eu chamo de “Nossa Cultura” com N maiúsculo e C maiúsculo, porque é um conjunto de conceitos, é uma filosofia, é um sistema de vida. Essa Nossa Filosofia, essa Nossa Cultura, propõe isso através de uma reeducação comportamental progressiva e espontânea. Não somos a favor de doutrinação, portanto, doutrinação está excluído. Não somos também a favor de repressão. Sem doutrinação e sem repressão, o melhor caminho é o exemplo. É a convivência. É o que nós chamamos de egrégora. É conviver com o poder gregário, de um grupo que já está dedicado a esses ideais. E, a partir daí, os conceitos são incorporados com muito mais facilidade. E as técnicas, isso aí já é uma questão de dedicação individual, de praticar, de executar tais técnicas.
Pode-se comparar esse tipo de intervenção como quem afina uma orquestra? Vamos reunir os violinos, as flautas, e pô-los todos a prestarem um comportamento numa mesma direção?
Certamente que é. Nós vamos criar uma sincronia entre todos os elementos que nos constituem um ser humano. Não apenas corpo e mente, mas corpo, energia (bioenergia), emocional, a mente, o intuicional. Enfim todos os elementos que vão funcionar, como você muito bem exemplificou, como uma orquestra. E depois, nós vamos extrapolar para além do indivíduo, que é o ideal. Não ficar dentro do seu pequeno mundinho, do seu universo pessoal. Então, extrapolando, essa orquestra passa a ser também a orquestra da família, a orquestra do trabalho que ele executa, a orquestra da sua arte, de todos os elementos, pessoas, indivíduos, circunstâncias, daquele ambiente. E quando você vai ampliando seu campo de atuação, você chega a considerar que o mundo é muito pequeno, porque você alcança as pessoas, através de veículos diversos. Outrora, era através da escrita, era através de livros, antes deles, os pergaminhos. E hoje, nós conseguimos atingir as pessoas por veículos eletrônicos, nós conseguimos estar num momento escrevendo no nosso computador e ao mesmo tempo sendo lidos, sendo acessados, por pessoas em todo planeta e brevemente até fora dele.

Veja a íntegra em:

http://www.uni-yoga.org/blogdoderose/uni-yoga_arquivo_derose/entrevista-do-derose-realizada-com-o-jornalista-antonio-mateus/

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Yôga, pelo sádhaka João Paulo Pacífico



Alimento para o corpo
Filosofia para a mente
Inspiração para a intuição

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Entrevista com Mestre DeRose

Veja excelente entrevista com Mestre DeRose gravada na Europa, em seu Blog:

http://www.uni-yoga.org/blogdoderose/uni-yoga_arquivo_derose/entrevista-para-televisao-na-europa/

Fêst-Yôga 2009

Inesquecível. Como foi bom trabalhar neste evento, tornando cada vivência, cada momento, o melhor possível, no que dependesse de nós...
Gratificante, ver tanta gente bonita, saudável, bacana, reunidos em um mesmo local, divertindo-se, dançando, feliz, sem qualquer consumo de álcool, drogas ou carnes.
Durante o dia e à noite, equipe 100% ligada e trabalhando em conjunto para que tudo saísse da melhor forma possível. Sempre orientados pela nossa queria Professora Nina de Holanda.
Entre correria e correria, uma pausa para experimentar a deliciosa comida, coordenada pela Instrutora Marcela, que foi fortemente e merecidamente aplaudida no sat chakra de encerramento.
Lindas palavras do Mestre DeRose, durante os eventos, abertura e encerramento, e durante seu curso, excelente.
E durante as vivências, para nós, da organização, era possível sentir o ambiente, o clima, os aprendizados, a assimilação do que estava sendo transmitido.
Tudo isso numa crescente energética, que teve seu fim no dia de domingo. E até agora, os efeitos estão sendo assimilados...
Veja fotos e a cobertura completa do evento, em:

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Palavras

Gostaria de conseguir transmitir em palavras as sensações que tive ontem durante uma prática, mas isso é completamente impossível. Incrível mesmo é pensar que isto é absolutamente nada, se comparado ao que ainda há para conhecer, dentro do Yôga Antigo...


Olhar shakta

Grão por grão;
Areia por areia;
Vamos preenchendo o mundo:
Pouco a pouco...
Sutilmente...
Muito sutilmente...

Delicados gestos,
Profundos olhares,
Sinceros toques.
Batidas do coração.
Lindas palavras,
Precioso sentimento.

Dia-a-dia,
Dia após dia,
Vivenciando o presente,
Construindo o futuro,
Bháva, muito bháva.
Contentamento.

A natureza toda dentro do abdômen.
De uma só vez.
Presente nas rugas de expressão.
No sorriso do canto da boca.
O mais sincero.
O mais forte.
A explosão que parte do anáhatha,
Aquecendo o corpo, afagando a alma,
Poderia iluminar o bairro, o mundo todo,
Fazendo a verdadeira conexão entre as pessoas.
Verdadeiramente tocando.
TRANSFORMANDO.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Momentos especialmente lúcidos

Vez ou outra, somos agraciados com a dádiva de sentir, simplesmente amor. O mais sublime, o que não tem forma, nem tampoco objeto.

Quando há suficiente concentração e esforço. Não, também, do dia para a noite. Precisa-se primeiro plantar sementes, muitas sementes, sementes fortes. E, todos os dias, arrancar ervas daninhas. Adiciona-se a isso uma boa dose de programação interior, pré-disposição, reeducação das emoções, limpeza do corpo, da mente, da consciência, da essência. Bons e longos anos semeando e lapidando relações com as pessoas ao seu redor.
E então, neste encantados dias, a inspiração flui como sangue por suas veias. As palavras surgem e você não consegue saber ao certo de onde vieram. Mas são perfeitas, para aquela ocasião. Os dias são muito mais coloridos, cheios de sons, de sabores. O tempo torna-se seu amigo, pois você nota que ele faz parte da natureza, assim como nós, humanos, e todas as respostas de nosso organismo. Na verdade, o tempo está e não está na natureza, ele simplesmente é. Nós inventamos de medí-lo e dividí-lo porque assim quisemos.
As conversas, nestes momentos, são mais intensas. Quase não se precisa de palavras, bastam olhares, basta a presença. A mensagem transcende a linguagem falada. E escrita.
E sente-se, sobretudo, o amor. Em alguns lúcidos momentos, transbordando pelos poros, surgindo, e crescendo, de dentro para fora. Pela natureza, pela existência. Pelas pessoas queridas, pelo ofício exercido. Mas, acima de tudo, por todas estas coisas juntas, em que não há palavras que possam descrever...

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Mudanças Importantes

De quando em quando, precisamos tomar uma grande decisão. Precisamos dar vazão a uma grande mudança... E então o mais importante de tudo é estarmos alertas, e lúcidos, desviando das distrações que nos habitam:

O coração pode estar inundado por sentimentos, gerados pelos mil aprendizados culturais que tivemos desde então, ou pela inércia anterior de nossas vidas. A visão ofuscada por seus humores. O emocional busca inevitavelmente agarrar-se ao que já foi um dia, numa tentativa desesperada de manter alguma paz. Em vão.

Usando-se do mental para desenhar estratégias mirabolantes que simplesmente não cabem ali. Como dar murros em pontas de faca. Esgotando o ser, estressando as possibilidades.

Mas quando a tempestade passa, em uma noite de chuva, pousa o olhar sobre a natureza, e descansa. E eis que ali, do conflito, nasce uma pérola bruta e linda.

A serenidade que só vem de dentro. Que brilha com capacidade para iluminar uma cidade inteira. Que rejuvenesce a alma, torna belas as marcas de expressão do rosto. E neste mágico segundo, encontra-se a verdade pura e absoluta que não cabe em palavras.

A eterna segurança da existência, e do amor. E então, e somente então, a decisão brota de dentro, sabe-se exatamente o que fazer, independente dos resultados. A mudança surge e metaboliza uma revolução interior, que finalmente se entende em sua única possibilidade: inevitável!

E somente agora, a vida é vivida em sua plena natureza, de causa e efeito. As decisões são tomadas da melhor forma, com a maior lucidez. Nutrindo a alma, e respeitando o ser...

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Os muitos e muitos dias

Alguns dias depertamos já animadíssimos, pulamos da cama e com um milhão de idéias na cabeça, geramos mais dois milhões de iniciativas, e corremos atrás daquelas que já iniciamos... Com todo gás, com toda garra, unindo todo o Yôga que já praticamos, e toda a nossa disposição.
Há outros em que tomamos um chacoalho logo cedo, ou no meio do dia, e o seu final se prolonga a passar, demoramos um pouco para retomar o ritmo habitual.
Porém, após tomarmos estes solavancos da vida, estas boas "trishuladas" da existência, cedo ou tarde, surge algum fruto, daqueles muitos dias em que estivemos plantando boas sementes. E este fruto nos ilumina a vida.
Os dias e dias que você passa dedicando-se a alguém, a uma causa, sendo gentil, cuidando das boas maneiras, converte-se repentinamente naquela conversa agradável, ou naquela boa notícia, que te devolve o brilho dos olhos.
E voltamos ao dia animado, ao gás total, à determinação, ao foco, ao poder. Que bom é perceber o fruto do nosso esforço, mostrando o melhor caminho, que se apresentou desde o princípio. Que bom é permear cada vez mais nossas rotinas com sementes e mais sementes, que se transformem em milhões de outros momentos mais que especiais, iluminando nossa existência, irradiando felicidade!

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Estações do Ano

Hoje, procurei no google o dia oficial de início do inverno.

Equivocadamente, digitei também 2009 em minha busca. Me surpreendeu que, ao invés de assuntos meteorológicos, como esperava, minha busca trouxe inúmeras matérias sobre o SP Fashion Week: outono/inverno 2009, claro!!!

Este acontecimento foi muito curioso, pois estava justamente pensando sobre o quanto não percebemos de fato as mudanças climáticas nos dias de hoje, e sobre o quanto os demais acontecimentos que giram em torno das Estações ofuscam a visão.
Passamos, a grande maioria de nós, trancafiados dentro de escritórios ou salas, com a atenção voltada ao computador, ao telefone, etc. Muitas vezes, com ar condicionado. 5 dias por semana, de 42 a 52 semanas no ano.

Os dias se passam e olhamos para fora, ou percebemos no horário do almoço: faz frio, ou faz calor. E trocamos frívolas impressões no elevador, com um estranho que nos causa constrangimento até o 20º andar. Vestimos nossos casacos quando a previsão diz que fará menos de 15ºC, e nos preocupamos com a blusa por debaixo dele nos dias de verão.

Mas de fato, temos parado para sentir o ar entrar em nossos pulmões? Sensorialmente entendendo a diferença entre o outono e o inverno? Quando foi a última vez que paramos em frente a uma árvore, cujas folhas avermelhadas fazem uma troca deslumbrante, em direção à renovação? Ou mesmo uma que já não possui mais folhas, em sua majestosa plenitude, pronta para renascer?

Senhores, estamos em uma estação de-li-ci-o-sa, e eu proponho que não a deixemos passar em vão. Este final de semana, paremos para observar a lua, deixando o vento agradável e o frio acariciar as nossas faces. Aproveitemos para compartilhar este momento com aqueles que amamos.

Caminhemos também durante o dia, aproveitando qualquer resquício de sol para permanecer em contemplação: o Sol de inverno é o melhor que existe, nos aquece na medida correta, e podemos desfrutar dele por mais tempo.

Tempo, que podemos tomar para ler um bom livro, praticar, amar, ter uma conversa agradável, ou simplesmente estar na presença: de alguém, de si mesmo, ou do inverno, com todas as suas nuances.

Vivenciemos, com todos os nossos sentidos, respirando inclusive pela pele, sentindo a química e o tato do vento e do clima no corpo, ouvindo os sons da época com maior acuidade, percebendo com a visão as nuances e tonalidades, e atentando-se aos aromas característicos.

Celebremos o inverno, a cada dia, todos os dias, até a próxima Estação! Que o façamos de maneira intensa, com entrega, e muita contemplação!

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Ásanas e sua transformação


Ásanas são procedimentos orgânicos firmes e agradáveis, uma das partes, ou angas, da prática do SwáSthya Yôga. Para que sejam realmente ásanas, devem ser executados levando-se em consideração: execução da posição, respiração coordenada e atitude interior.

No seu desenvolvimento de ásanas, a disciplina conta enormemente. Realização de treinamentos na Unidade em que pratica, ou em casa, com a orientação de um instrutor, trabalha, além do ásana propriamente dito, uma série de outras coisas.


Ultrapassa-se o campo físico, e treina-se o emocional, reeducando-o, ampliando os limites. Trabalha-se a esfera mental, utilizando mentalizações de um corpo mais saudável, mais estético, cada vez mais dinâmico e flexível. Carregado de bioenergia de disposição.

E assim, combinando treinamentos com cuidados com alimentação e práticas regulares, aprimora-se imensamente, para limites antes não imaginados.

Sobre limites, lembro-me agora de uma situação análoga. Uma vez, em viagem à Chapada Diamantina, vislumbrei o pico de uma grande montanha, na direção em que caminhávamos. Perguntei ao meu guia: até onde vamos? Ele me respondeu que ao topo, evidentemente. E eu achava que estava preparada...

Ao final de um dia inteiro de intensa caminhada sob o sol do Nordeste, finalmente chegamos. Então, eu olhei para baixo e disse: pensei que não conseguiria chegar até aqui... Com a prática dos ásanas, ocorre exatamente o mesmo. Quando um aluno adentra uma Unidade, não se imagina executando aquelas técnicas lindas, feitas por pessoas com corpos muito bem trabalhados. Mas, ao final de alguns meses, ou de um ano, lá está ele, da mesmíssima forma!

Nós, instrutores e praticantes mais antigos, lembramos com nostalgia desta sensação muito gratificante e visível que é a transformação do corpo. Por outro lado, vislumbramos picos de montanhas muito mais altas, mais difíceis de atingir. Montanhas acima de tudo, ainda mais atraentes!!!

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Programe-se: cursos da Professora Nina De Holanda

Preparem-se para o segundo segundo de cursos com a nossa querida Professora Nina De Holanda:

15/08, sábado, 10h: Alimentação Biológica
Macguiver da cozinha, é o apelido com que carinhosamente chamamos a Nina, após uma de suas milagrosas performances culinárias, quando pensávamos que tudo estava perdido... Afinal, havia somente um tomate, tomilho, farinha e algumas azeitonas... Venha aprender conceitos sobre alimentação, e aprender algumas de suas melhores receitas!Traga seus amigos!
12/09, sábado, 10h: Mudrá: a linguagem dos gestos
Compreenda mais sobre a linguagem dos mudrás, gestos reflexológicos, simbólicos e magnéticos feitos com as mãos, com a Nina, que após 20 anos lecionando Método DeRose, faz inclusive coreografias a partir de mudrás!

17/10, sábado, 10h: Práticas Ortodoxas e Heterodoxas do Método DeRose: como prepará-las?
Neste curso para instrutores e alunos em formação, você receberá valiosíssimas dicas da Nina para aprimorar cada vez mais as suas práticas.

Brindemos à Chuva

Olhe para o lado de fora da sua janela e perceba. De preferência, coloque a cabeça para fora e sinta. Sinta o cheiro da chuva, receba a brisa fria que acaricia a sua face. Atente-se à reação da penugem que cobre sua pele ao vento.
Sinta o aroma da água, a sua refrescância revigorante, e os efeitos da umidade sobre os seus cabelos.

Ouça o barulho irresistível das gotas caindo no chão, lavando nossas almas, alimentando a terra, matando a sede das plantas.

Brindemos a este delicioso dia cinza. Que nos previne das secas, que energiza as essências. Que nos faz voltarmos a nós mesmos, querermos ficar sob o abrigo de um teto, ou de um cobertor, ao lado de alguém que amamos! Experimentemos mais este dia, como dádiva, por viver nesta natureza deliciosamente caótica, e perfeita!

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Tapas: auto-superação

Extraído do texto códiga de ética do yôgin, do livro Tratado de Yôga, do Mestre DeRose:

VIII. TAPAS
A oitava norma ética do Yôga é tapas, auto-superação.

O yôgin deve observar constante esforço sobre si mesmo em todos os momentos.
Esse esforço de auto-superação consiste numa atenção constante no sentido de fazer-se melhor a cada dia e aplica-se a todas as circunstâncias.

O cultivo da humildade e o da polidez constituem demonstração de tapas.
Manter a disciplina da prática diária de Yôga é uma manifestação desta norma. Preservar-se de uma alimentação incompatível com o Yôga faz parte do tapas. Conter o impulso de expressar comentários maldosos sobre terceiros também é compreendido como correta interpretação desta observância. A seriedade de não mesclar com o Yôga sistemas, artes ou filosofias que o conhecimento do seu Mestre desaconselhar, é tapas.
A austeridade de manter fidelidade e lealdade ao seu Mestre constitui a mais nobre expressão de tapas.

Tapas é, ainda, a disciplina que respalda o cumprimento das demais normas éticas.
Preceito moderador:A observância de tapas não deve induzir ao fanatismo nem à repressão e, muito menos, a qualquer tipo de mortificação.

Tapas é essencial para o desenvolvimento do aluno, e do ser humano. Em diversos treinamentos, para além da cultura do Yôga, o verdadeiro trabalho e desenvolvimento do indivíduo acontecem quando este ultrapassou os limites, que ele antes pensava que possuía. Este tipo de treinamento é presente no karatê e outras artes marciais, por exemplo.

O que é trabalhado, com a ultrapassagem dos próprios limites, é a ampliação das capacidades e expectativas, levando ao desenvolvimento e aprimoramento, em todas as áreas da vida. Então, neste ponto, as emoções são controladas, um contentamento profundo emerge, mais fiel à essência.

Não somente em treinamentos físicos, mas principalmente é engrandecedor avaliar os limites que nós criamos em outras áreas da vida... Por exemplo, quanto sucesso profissional você se imagina atingindo? E pessoal? Em algumas ocasiões, limitamos nossas próprias possibilidades, influenciados principalmente pela nossa tradição familiar e pessoal.

Assim, vamos parar para pensar hoje: estamos visualizando objetivos pessoais que merecemos? Com uma boa dose de realidade, e ao mesmo tempo ultrapassando os limites que criamos?

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Receita de doce caseiro simples e rápido

Muitas vezes compramos bananas ou maçãs, que por não consumirmos na data correta, estragam.

Em 10 minutos, é possível fazer um delicioso doce de maçã e banana com canela. Ingredientes: bananas fatiadas, maçãs cortadas em cubos médios, açúcar e canela em pó.

Preparação: adicione o açúcar (a gosto) na panela com um pouquinho de água e canela. Assim que obtiver uma consistência de calda, adicione as maçãs. Quando elas tiverem perdido bastante água e começado a cozinhar, adicione as bananas. Uma vez que estas estiverem a ponto de perder a forma, dissolvendo-se, apague o fogo. Como opção, adicione também algumas uvas passas.

Sirva o doce sozinho, com sorvete, ou utilize como recheio de tortas.

Bom apetite!

terça-feira, 21 de julho de 2009

O líder e o seu sonho

Temos que ter sempre os pés no chão, e uma crescente dose de realidade permeando nossa rotina, e decisões. Porém, igualmente importante é, na vida, termos um norte que nos oriente, uma realização que buscamos intensamente, uma inquietação que por vezes atrapalha nosso sono à noite.

É essencial e vital que exista, no âmago de cada um de nós, um desejo. um desejo visceral, que nos faça perseguí-lo do momento em abrimos os olhos pela manhã, até o que descansamos à noite.

Quando pensamos em uma equipe, que o líder tenha um sonho, é ainda mais importante. O sonho do líder é como o farol dos navegadores, em dia de tempestade. O anseio do líder é a inquietação que todos devem compartilhar. Que na equipe instaure um incômodo saudável, que os faça seguir, a cada dia, a passos firmes. Trilhando um caminho, buscando uma meta comum.

O sonho do líder deve ser, sobretudo, apaixonado, para que toque o coração dos que o rodeiam. Para que inspire suas ações. Para que aninhe naturalmente os que estão em torno, atraídos pela sua liderança, irresistivelmente vivendo suas paixões.

E assim a construção é possível. O horizonte é visível, consegue-se tratar e seguir uma estratégia.

Isto não significa, porém, que devamos ser obstinados e obtusos a uma só solução imaginária. Lidar com imprevistos e conflitos inesperados consiste em uma arte, e exige muito desapego. Fazê-lo ao longo prazo, com o acúmulo de experiências, e mantendo a liderança natural, é mais do que arte, é uma dádiva.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Trabalho em Equipe

A mais nova unidade do Método DeRose em São Paulo, a Paes de Barros, foi construída literalmente com muito suor... Da equipe!

Em uma incrível demonstração de trabalho em equipe, união e zelo, que deixou todos boquiabertos, muitos profissionais e alunos da Unidade Paes de Barros, Anália Franco, e outros, empenharam-se na reforma da linda Unidade nova!!!

Parabéns e que sirva de exemplo para todos nós!!!
Assista ao vídeo que acompanha momentos diversos da reforma:



Aulas do Método DeRose em parques e praças

Cada vez mais, temos aulas do Método DeRose abertas ao público, em praças, parques, etc. Em São Paulo, temos todos os sábados, às 9h, no Parque do Ibirapuera, e em alguns outros lugares.
Esta já se tornou uma prática comum também fora do Brasil, em Portugal, e outros. Assim, quando estiver viajando, informe-se nas escolas do Método DeRose se há aulas.

Participe, e indique aos amigos! Veja mais informações em:



sábado, 18 de julho de 2009

A arte de educar

Na tradição oriental antiga, valoriza-se muito cada segundo ao lado daquele que ensina. No caso específico do Yôga, os ensinamentos mais valorosos e importantes são transmitidos através do parampará, transmissão oral do conhecimento.

Este conhecimento é passado verbalmente, porém, não em uma sala de prática, somente. Mas em outras ocasiões, como em uma confraternização, uma noite de trabalho, uma viagem de carro, ou inúmeros outros. Assim, o aluno que deseja aprofundar-se crescentemente na matéria, sabe valorizar a presença do instrutor, bem como o instrutor valoriza enormemente estar junto ao seu monitor, e supervisor.

Outro importante fator para que isso ocorra é que, uma vez que o aluno percebe o tempo e energia que seu orientador lhe dedica transmitindo sabedoria, em ocasiões que por vezes parecem muito corriqueiras, nasce um profundo respeito e carinho por ele. E com isso, um grande zelo. Este importante laço de respeito e carinho que se cria entre aluno e educador é a base de todo o trabalho evolutivo do aluno, e também daquele que ensina.

Já na tradição ocidental, atualmente, também é possível transcender o ensino meramente técnico do professor de alguma matéria, ou a gestão meramente voltada a resultados em uma empresa (sim, porque o gestor em uma empresa é, também, um educador). Nos dois casos, uma boa parte dos educadores preocupam-se somente com resultados gerais, e enxergam seus alunos ou funcionários como peças de um quebra-cabeças: da atual situação.

Porém, há casos em que esta relação consegue ser transcendida. Eu tive a sorte de, na minha carreira em empresas, ter tido gestores que me viram como pessoa, e me orientaram para a vida, atravessando uma visão de curto alcance e as barreiras do tempo atual. Foram pessoas cujo zelo pelo meu desenvolvimento pessoal e profissional se expressou principalmente fora das salas de reuniões. E como consequência, conseguiram a minha lealdade, e viraram minhas referências. Este cuidado possui raízes muito mais profundas em nossa essência, ao contrário das relações meramente efêmeras, que encontramos às pencas por aí.

Para que tal orientação sincera ocorra, porém, é preciso que o funcionário enxergue o chefe como alguém que possua mais conhecimento ou maior experiência. Se assim o fizer, será mais receptivo a desenvolver-se. Um dos problemas que enfrentamos na sociedade atual é o incentivo ao questionamento, por todas as hierarquias. Claro que inquietações levam à produtividade e quebra de paradigmas, porém, desde que sejam construtivos. Há pessoas que questionam somente com o objetivo de opor-se à idéia de um líder, e este se sente como dirigindo uma moto com um garupa que faz peso sempre na direção oposta, durante as curvas. E assim, perdem a maravilhosa oportunidade de serem bem liderados.

Fica para todos nós então, a tarefa de auto-estudo de como temos sido: como alunos, funcionários e chefes. E em todos estes casos, como estamos nos entregando à função: superficialmente, com o coração, com a intuição? Quanto precisamos caminhar, para sentir que estamos mais próximos de nossa melhor dedicação e envolvimento?

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Faça SwáSthya Yôga antes que você precise

Texto escrito pelo Instrutor Rafel Ramos:
Alguns conceitos são importantes antes de travar contato com o Yôga. As perguntas que todos fazem são sempre muito parecidas. Querem saber para que serve? Quais são as conseqüências da prática diária? Quem pode praticar? Entre outras que vamos esclarecer aqui.

A definição do Yôga mais aceita entre os estudiosos é: Yôga é qualquer metodologia estritamente prática que conduza ao samádhi. Samádhi é um estado de hiperconsciência e autoconhecimento. Vamos partir dessa definição para ressaltar alguns aspectos importantes do Yôga.

Essa filosofia nasceu há mais de 5.000 anos, originalmente praticava-se instintivamente, como se espreguiçar, algo prazeroso e necessário. Da mesma forma que há milênios a prática era feita com um intuito tão nobre, seguimos a tradição e praticamo-la nos dias de hoje, sem confundí-la com terapias ou qualquer outra atividade que vise benefícios.

Se você agora se perguntou: Como não trabalha com benefícios? Eu aumentei minha capacidade respiratória, melhorei minha alimentação, fortaleci meu corpo, adquiri mais flexibilidade e hoje sou uma pessoa com muito mais consciência sobre tudo que faço. Esses não são benefícios?

A você, respondo com firmeza: Esses são apenas meros efeitos colaterais decorrentes da prática de uma filosofia que visa a expansão de consciência. Obviamente que as técnicas respiratórias promovem um aumento de saúde, uma vez que para um yôgi a respiração é fonte de prána (bioenergia). Aumentando a energia do corpo alguns reflexos iniciais disso são: saúde generalizada, melhoria na circulação sanguínea, melhor utilização dos pulmões etc.. Da mesma forma que praticando ásanas (técnicas corporais) pode-se tonificar a musculatura, melhorar o alinhamento do corpo, entre outras coisas.

Essa Filosofia é praticada por pessoas saudáveis, de bom nível cultural, de bem com a vida e que buscam aprender e evoluir. E esses praticantes sentem rapidamente a evolução sendo processada em seus corpos.

Pode-se dizer então, que o Yôga é uma filosofia que faz com que o ser humano aprimore a forma de se relacionar com o meio ambiente, com as outras pessoas e sua forma de encarar a vida. Tudo isso acontece a partir do seu auto-conhecimento.

Deixo um recado a você que busca o Yôga pelos benefícios: Faça Yôga antes que você precise! Pratique para ser mais feliz e aprimore-se por completo.

Rafael Ramos
Instrutor do Método DeRose
Unidade Anália Franco
Acesse: http://www.yogajardimanaliafranco.com.br

Santôsha e o dia-a-dia

Definição extraída do Tratado de Yôga, do Mestre DeRose - código de ética do yôgin:
VII. SANTÔSHA
A sétima norma ética do Yôga é santôsha, o contentamento.

O yôgin deve cultivar a arte de extrair contentamento de todas as situações.
O contentamento e sua antítese, o descontentamento, são independentes das circunstâncias geradoras. Surgem, crescem e cingem o indivíduo apenas devido à existência do gérmen desses sentimentos no âmago da personalidade.

O instrutor de Yôga deve manifestar constante contentamento em relação aos seus colegas e expressar isso através da solidariedade e apoio recíproco.
Discípulo é aquele que cultiva a arte de estar contente com o Mestre que escolheu.
O código do Santôsha é extremamente importante, e um dos mais bonitos dos códigos de ética do yôgin. Isso porque o contentamento em si, depende de uma série de outras características inerentes à personalidade, e da atitude do indivíduo em relação ao mundo.
Atitudes que parecem pequenas no dia-a-dia, fazem enorme diferença, como por exemplo dizer para alguém que gosta muito, o que você sente. Mas, antes disso, é necessário que valorize este sentimento internamente. Deve-se fazer esta observação não somente com as pessoas que estão em volta, mas também com as situações e as oportunidades que a vida apresenta. Quantas vezes uma situação que causou grande desconforto e tristeza em uma fase da vida, levou a rumos inesperados, e maravilhosos!
Assim, uma grande "mágica" do dia-a-dia é olhar as situações, todas elas, como se estivesse de pé sobre um banquinho, olhando à frente. Considerando que é impermanente, como todas, e como todas, tem começo e tem fim.
Por último, observemos que isso não é impedimento algum para ir atrás do que se deseja, do que busca no seu íntimo. Ao contrário, quando toma-se decisões coerentes com a própria essência, com fidelidade e afinco, as situações da vida moldam-se cada vez mais neste sentido, e o santôsha torna-se mais evidente e natural! Como diz o preceito moderador, do mesmo texto código de ética do yôgin:
Preceito moderador:
A observância de santôsha não deve induzir à acomodação daqueles que usam o pretexto do contentamento para não se aperfeiçoar.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Mensagem do Infinito

Extraída do livro Mensagens do Yôga, do Mestre DeRose, disponível para download em www.uni-yoga.org/:

Eu Sou o murmúrio da brisa, sou o orvalho na flor, as borbulhas das ondas do mar. Sou o trinar dos pássaros, felizes. Sou o calor do Sol, envolvente. Sou o silêncio da madrugada, profunda. Habito o sorriso das crianças, o olhar amoroso do ancião.

Estou nesta pedra, naquele inseto, na nuvem ali distante. Eu estou em ti. Sou aquela Chispa de Luz Eterna que constitui tua própria vida e consciência, aquele pequeno, mas ofuscante relâmpago de compreensão que de quando em vez te absorve o espírito durante uma fração de segundo.

Minha voz possui as chaves milenares da felicidade e te exorta à comunhão dos nossos corações através do Swásthya Yôga, pois sou Púrusha e tu também: somos unos, um com o outro, e somos UM com o Universo!

sábado, 11 de julho de 2009

Os dois preciosos


Estava aqui, pensando no que escrever, quando olhei para o lado. E lá estavam eles, no sofá. Olhando-me com seus olhos grandes e curiosos.
Já ouviu falar no ditado: de curiosidade morre o gato? Tenho que te contar, meu amigo, que é bem verdade. Estes peludos queimam o rabo, sujam o nariz, molham-se, fazem de tudo. Só para descobrir que raios é aquele barulhinho, de onde sai este cheiro, no que a "mamãe" está "brincando"...

São também, espertíssimos, e até acompanham o cursor do monitor do notebook, quando estão cansados de me ver digitar e querem atenção. Dotados, inclusive, de uma magnífica consciência corporal. Pulam altíssimas alturas sem machucar, são extremamente hábeis em seus movimentos, diria assombrosamente hábeis.


Quem não convive com um gato possui um preconceito, de que são egoístas e ariscos. Pois como o próprio nome diz, é um mero pré-conceito. Os gatos são animais incrivelmente sensíveis, inteligentes e doces. Frida (Kahlo) e Diego (Rivera), meus bebês, viram-se de barriga para cima assim que chego em casa, pedindo carinho. Não me deixam andar sequer sem cumprimentá-los antes.

Mas o ponto alto mesmo, é quando ronronam. À noite, ao meu lado, no sofá, como agora há pouco. Diego, o mais meigo do casal (que inclusive possui algo de complexo de édipo em relação à mim), deita-se ao meu lado. Faço carinho, e ele imediatamente começa a ronronar. Ronrona com intensidade, e mexe com as patinhas agarrando o sofá, como faria se estivesse mamando quando bebê. É uma enorme demonstração de afeto.
Você tem um bichinho de estimação? Se não tem, pense um pouco sobre isso. Um bicho como os meus tem uma enorme capacidade de mudar a sua vida, e amolecer seu coração. Eles te tornam uma pessoa mais amável, mais divertida, mais sensível, e mais cuidadosa. Acabam por ensinar uma porção de coisas, quando você imaginava que seria justamente o contrário...

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Púja

Púja é o segundo, dos oito feixes de técnicas da prática ortodoxa do SwáSthya Yôga. Significa retribuição, e neste contexto trata-se de retribuição ética de energia. Para saber mais sobre o tema, leia o livro Púja, do Sérgio Santos.

Esta retribuição não é muito difundida no ocidente (a tradicional oferenda da maçã para a professora seria um dos poucos exemplos), especialmente nos tempos atuais, em que as escolas apresentam problemas até de violência por parte dos alunos. Porém, na tradição oriental, contexto de nascimento do Yôga, é uma atividade muito comum e corriqueira.

"No oriente, homenagear os educadores é uma rotina, quer seja nas Escolas de Yôga, quer seja nas de música, dança, línguas, entre outras. A presença deles é imprescindível na trasmissão do conhecimento, especialmente em nossa área." Púja, Sérgio Santos, pag. 22.

Mais do que uma demonstração explícita, púja é sobretudo uma atitude de retribuição, por isso utilizamos mentalizações durante a prática: ao local que acolhe o desenvolvimento interior do praticante, ao instrutor que dedica-se a ensinar esta filosofia, ao Mestre do seu instrutor, que é seu Mestre também, e a Shiva, o criador mitológico do Yôga.
Realizando o púja, o praticante conecta-se com a linha de Mestres antecessores que transmitiram esta cultura até a atualidade. Esta identificação com os arquétipos potencializa fortemente a predisposição para assimilação dos ensinamentos. Assim, um praticante antigo sabe identificar os efeitos de uma prática em que fez um bom púja.

Finalmente, como em tudo no Yôga, e na vida, o púja deve ser feito com bháva: intensidade, e sentimento:

"Bháva condiz com a emoção de se ouvir uma determinada música ou assistir a um belo filme, contemplar um pôr-do-sol ou as estrelas no firmamento. Significa praticar Yôga sem expectativas de resultado, simplesmente pela arte em si, como a força de vida presente na Natureza, atuando na mecânica do Universo." Púja, Sérgio Cardoso, pág. 32.